Fotos:Divulgação

Com o objetivo de combater a discriminação bem como as demais formas de intolerância étnica, o governo do Estado, por meio da Subsecretaria da Mulher e da Promoção da Cidadania e da Coordenadora Especial de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial (Cppir/MS), já distribuiu para 365 escolas estaduais um total de 730, sendo 20 exemplares para cada escola, o livro: “Cada um com seu jeito, cada jeito é de um!”.

O livro é uma história bem-humorada sobre autoestima e valorização das diferenças, de autoria da professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (unidade de Três Lagoas), Lucimar Rosa Dias, doutora em Educação pela Universidade de São Paulo, consultora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades.

De acordo com as informações da coordenadora Especial de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial, Raimunda Luzia de Brito, o governo estadual comprou grandes quantidades do referido livro, que foi impresso em 2012. “Já enviamos para todas as escolas estaduais. Entregamos para a Secretaria Estadual de Educação. E cada escola recebeu 20 exemplares do livro para ficar nas bibliotecas. Infelizmente nós não temos livros o suficiente para dar um, para cada pessoa”, explicou a Raimunda de Brito.

Segundo ela, cada família que tem crianças de 3 a 8 anos que residem em quilombos em MS, ou fazem parte de uma associação comunitária, também ganhou um livro para trabalhar o seu núcleo familiar. “Portanto, nós já enviamos exemplares do livro para os quilombos e também para algumas entidades [que trabalham em prol das políticas de promoção da igualdade racial] do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul e demais Estados brasileiros, que nos procuraram interessados no material”, comentou Brito, ao informar que o livro também foi enviado para entidades governamentais dos Estados do Espírito Santo, Santa Catarina, Maranhão, Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso.

Cada um com seu jeito

O livro “Cada um com seu jeito, cada jeito é de um!” traz como personagem uma menina negra, que se chama “Luanda”, e apresenta uma família cujas características físicas e modo de ser fazem [dos membros da família] seres especiais e únicos, cada um com seu jeito, quebrando estereótipos de raças, cor e idade. “É um livro que abre portas e nos dá chances para obtermos mais informações sobre a questão racial”, disse Brito.

A professora Lucimar Dias informou que o livro é voltado para crianças e visa promover a valorização das etnias e das diferenças de cada um, de modo a estimular as crianças a valorizarem as características pessoais, o relacionamento com a família e com o outro. “A discriminação racial é crime. É importante que a educação se comprometa com esse tema. O livro tenta trabalhar exatamente com questionamento desses estereótipos”, informou Lucimar.

A temática sobre o livro foi apresentada ao governo estadual, pela autora, no dia 20 de novembro de 2012(Dia de comemoração nacional da Consciência Negra), durante abertura da Campanha “Dezesseis Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, no auditório da Governadoria.

Igualdade Racial

A professora Raimunda de Brito ainda informou que outro documento importante, que também está sendo distribuído para as escolas estaduais e instituições do Estado, é o livro do “Estatuto da Igualdade Racial”, da lei 12.288, de 20 de julho de 2010.

A referida lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e as demais formas de intolerância étnica.

“O Estatuto da Igualdade Racial eu pedi para todos os nossos políticos de Brasília. E recebi dos nossos senadores (de MS), cinco mil e trezentos exemplares”, confirmou Brito, ao informar que, neste ano, será realizada a III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (III Conapir). De acordo com as informações dos organizadores do evento, a III Conapir vai acontecer no final do mês de outubro de 2013, em Brasília. E as etapas estaduais podem ser realizadas até 18 de agosto. “Nós seguramos alguns exemplares do Estatuto para colocarmos nas pastas dos delegados durante as realizações das nossas conferências municipais e estadual. Porque muita gente não teve acesso ao material”, disse a professora Raimunda.