Foto: Cleber Gello

As vendas no comércio varejista em Mato Grosso do Sul cresceram 24,3%, em novembro, frente ao mesmo período de 2011. De acordo com o levantamento divulgado ontem (15), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o volume de vendas avançou 2,4%.

Em Campo Grande, no mês de novembro, as vendas cresceram 6,74%, em comparação a novembro de 2011. Os dados são do Depe (Departamento de Pesquisa e Estatísticas), da Acicg (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande).

A entidade informou ainda que as vendas em dezembro de 2012 alcançaram um crescimento de 4,83%, quando comparado ao Natal de 2011.

Conforme a assessoria de imprensa da Acicg, o cálculo do volume de vendas é baseado em uma amostra das consultas realizadas no banco de dados do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) - com abrangência local, e as estimativas das vendas com cartões de crédito/débito no período, divulgadas pela ABECS (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços).

O presidente da entidade, Omar Andrade Aukar, afirma que o cenário permaneceu estável. “Se for abater a inflação que foi de 5,8%, a economia neste setor foi estável.

Diante do cenário negativo que fechamos 2012 - com expectativa no início do ano de que o PIB crescesse 4% e atingiu apenas 1%, ou seja, alcançou apenas 25% do que estava previsto, o setor varejista que conseguiu manter a estabilidade significa que teremos um cenário melhor este ano”, considerou.

As expectativas para o segundo semestre são animadores. “Consultorias de todo o país revelam que os empresários estão otimistas e dizendo que a economia permanecerá estável neste primeiro semestre e terá um aquecimento a partir de julho”, destacou Aukar.

Cenário nacional

O volume de vendas do comércio varejista brasileiro cresceu 0,3%, entre outubro e novembro de 2012. A receita nominal também teve crescimento: 0,8%. Foi o sexto crescimento consecutivo do volume de vendas e o nono para a receita.

No País, o crescimento do volume de vendas chegou a 8,4%, em novembro comparado com o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano e dos 12 meses anteriores, o volume de vendas teve altas de 8,9% e 8,6%, respectivamente.

Cinco das oito atividades comerciais contribuíram para o incremento no volume de vendas: outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,2%), tecidos, vestuário e calçados (2,1%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,6%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,6%) e livros, jornais, revistas e papelaria, com taxa de 0,1%.

Os demais setores registraram queda nas vendas: móveis e eletrodomésticos (-0,2%); material de construção (-0,9%); combustíveis e lubrificantes (-1,5%); veículos e motos, partes e peças (-5,0%) e equipamentos de escritório, informática e comunicação (-11,4%).

Considerando também os setores de veículos e autopeças e de material de construção (o chamado varejo ampliado), o setor apresentou uma queda de 1,2% no volume de vendas entre outubro e novembro, devido às perdas de 5% do segmento de veículos e de 0,9% do setor de construção.