Lança mais uma coleção de obras que resgatam história de MS
Estado - Educação e Cultura - História do Estado
Imagem: msnoticias.com
Pesquisadores, alunos de escolas públicas e universitários terão a oportunidade de conhecer a história do Estado por meio da coleção “Documentos para a história de Mato Grosso do Sul” que já está em sua quarta caixa. Criada pelo governo do Estado, a caixa contém três livros reeditados que estão esgotados ou muito raros, difíceis em ser encontrados em bibliotecas. A nova edição foi lançada hoje (5) pelo governador André Puccinelli.
Conforme o governador o objetivo da coleção é resgatar e valorizar a história de Mato Grosso do Sul, trazendo livros que disponibilize o conhecimento sobre o passado de um povo. “Povo sem memória é povo sem história. Esta coleção vem num momento importante porque trata a questão indígena de um autor francês numa obra esgotada antes da década de 30. A qualidade da pesquisa por si só traduz a importância do livro e queremos que não só este, mas os outros volumes estejam nas bibliotecas das escolas para que os alunos conheçam como foi construído nosso Estado”, disse Puccinelli. Ele determinou que cada escola estadual tenha em sua biblioteca uma caixa da coleção e posteriormente na rede municipal.
A questão indígena destacada pelo governador também foi um dos temas ressaltados pelo membro da comissão organizadora da coleção, o ex-secretário de Fazenda, Mário Sérgio Lorenzetto. A obra intitulada “A Civilização Material das Tribos Tupi-Guarani”, de Alfredo Métraux foi publicada em Paris no ano de 1929 e retrata a cultura material dos “tupi guarani” – família lingüística da qual descende a língua falada pelos povos guarani que vivem no Brasil. “Até hoje esta obra não havia sido traduzida e está numa caixa de imensa importância para a história do Brasil”, comentou. Na oportunidade, Lorenzetto foi agraciado com o livro original contendo o autógrafo do autor da obra.
De acordo com o membro da comissão, professor Gilson Rodolfo Martins, o autor da obra sobre a tribo tupi-guarani é um dos fundadores da etnografia. “O livro nunca tinha sido reeditado e traduzido também para o Português. É sem dúvidas uma obra clássica que extrapola as fronteiras e tendo um governo do Estado subsidiando este trabalho está prestando um serviço inestimável para a cultura”, destacou.
Presente ao evento, a tradutora Simone Pereira Gonçalves falou ao governador e os representantes da cultura presentes sobre a importância e cuidado de traduzir este livro do Francês para o Português. A editora concedeu sem ônus ao governo a publicação da tradução do livro.
Obras
A coleção foi pensada e organizada pela comissão formada pelo ex-secretário de Fazenda Mário Sérgio Lorenzetto e pelos historiadores Gilson Rodolfo Martins, Paulo Roberto Cimó Queiroz e Valmir Batista Corrêa. De acordo com Gilson Martins são mais três volumes reeditados e que contemplam questões temporais, temáticas e espaciais da história do Estado.
“O temporal privilegia a questão indígena em Mato grosso do Sul. Já o segundo volume é voltado para temporal e espacial onde trata do inicio do fenômeno Bandeirante do ciclo das monções que originou o assentamento humano e colonial no município de Camapuã. O terceiro já é mais recente, mas tem preocupação em explicar a urbanização do vale do alto Paraná”, explicou Gilson Martins.
As obras narram momentos históricos do século XVIII e XIX. “Jaraguá – Romance da Penetração Bandeirante”, de Alfredo Ellis Júnior, é de 1932. Apesar de ser um romance, relata acontecimentos reais e expõe a região de Camapuã no século XVIII, ao abordar o início do fenômeno bandeirantista que incorporou Mato Grosso do Sul à colônia luso-brasileira. Já o volume “Urubupungá Jupiá-Ilha Solteira”, de Enzo de Oliveira, fala sobre o momento em que começaram a ser pensadas e projetadas as usinas hidrelétricas do rio Paraná.
Para o superintendente do Iphan no Mato Grosso do Sul, André Luiz Rachid, a iniciativa representa um compromisso do governo do Estado com o fortalecimento da identidade cultural do povo sul-mato-grossense. “A população sofre uma crise de identidade, ou seja, ela não sabe se é paulista, gaúcha ou nordestina e essa ação continuada só vem a fortalecer com elementos de pesquisas para que novos estudos se desenvolvam e ações sejam fortalecidas para promover a cultura genuinamente sul-mato-grossense e em especial sobre a comunidade indígena”, destacou.
msnoticias.com/KF
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