Foto: Tatiane Queiroz

Com a média 645,65, o Colégio Bionatus, em Campo Grande, conseguiu a melhor pontuação entre as instituições de ensino de Mato Grosso do Sul no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011, segundo dados divulgados na quinta-feira (22), pelo Ministério da Educação (MEC).

O Bionatus começou com pequenas turmas de alunos voltadas para o cursinho pré-vestibular e, durante seus seis anos de existência, esteve por cinco vezes entre as instituições mais bem pontuadas do Enem no ranking do estado. O nome do colégio foi uma sugestão do professor Ferracini, que ministra as disciplinas de Língua Portuguesa e Literatura na instituição.

Segundo a coordenadora pedagógica do Bionatus, Roseli Camargo, a colocação da escola no Enem é conquistada por causa de um fator: a disciplina.

“Se o aluno mantém uma rotina de estudos, ele aprende mais, assimila melhor o conteúdo e tem um melhor desempenho”, disse. Roseli acredita que os bons professores e a qualidade do material didático, que é preparado pela própria escola, também influencia nos bons resultados.

O colégio conta com cerca de 500 alunos. O valor da mensalidade varia entre R$ 1,2 mil e R$ 1,5 mil. Ainda segundo a coordenadora pedagógica, desde o primeiro ano, os alunos passam por simulados com questões voltadas para o Enem e para os vestibulares de diversas universidades do país.

Ao entrarem no colégio, os alunos passam por uma prova que avalia o nível de conhecimento deles. “De acordo com as notas obtidas, eles são selecionados para determinadas turmas, A, B ou C”, explicou Roseli.

Os estudantes com mais dificuldades têm aulas de reforço e revisão. No Bionatus, os alunos estudam em período integral, de manhã e à tarde. As avaliações são feitas a cada 15 dias, por meio de simulados.

O MEC listou as notas do exame por escola e nenhuma do estado ficou entre as 100 melhores no Brasil. Nove das dez primeiras escolas com as melhores notas no Enem em Mato Grosso do Sul são da rede privada de ensino.

Opinião

Para a doutora em Educação, Maria Dilnéia Fernandes, o Enem não deve ser a única preocupação das escolas.“Historicamente, a rede privada ensina e prepara o aluno para entrar no vestibular, ou seja, o prepara também para fazer uma boa prova do Enem. Só que além disso, a escola tem que preparar um currículo que, desde sempre, leve os alunos a raciocínios mais complexos”, explicou.

O critério utilizado para inclusão de uma escola na lista divulgada pelo MEC é o mesmo do sistema “Prova Brasil”, apenas com unidades em que pelo menos 50% dos alunos matriculados e com o mínimo de dez alunos que estavam concluindo o ensino médio participaram do exame. Os números levam em consideração os dados do Censo Escolar.