Máquina de Vendas compra rede Eletro Shopping e retoma 2º lugar no varejo
Brasil - Negócios - Fusão de Concorrentes
A Máquina de Vendas, fusão da Ricardo Eletro, Insinuante e City Lar, comprou 51% da rede pernambucana Eletro Shopping.
Com isso, a varejista retoma a vice-liderança em vendas de eletrodomésticos e móveis perdida para o Magazine Luiza e se prepara para ir às compras no Sul do País.
“Estamos seguindo o plano traçado de, até 2014, ter mil lojas, 30 mil funcionários e faturamento de R$ 10 bilhões. Isso prevê aquisições no Sul, com certeza”, disse o presidente da Máquina de Vendas, Ricardo Nunes.
Por questões contratuais, o valor do negócio não foi revelado. De acordo com Nunes, os recursos para a aquisição são provenientes do caixa da empresa e da capitalização de cerca R$ 500 milhões feita em fevereiro pelo HSBC na rede varejista para criar um braço financeiro.
Com o negócio, a Máquina de Vendas terá 900 lojas, faturamento de R$ 6,5 bilhões, 24 mil funcionários e estará presente em 301 cidades espalhadas por 23 Estados e o Distrito Federal.
Até dezembro, a previsão é faturar R$ 7,2 bilhões.
Em um ano, é a segunda vez que a empresa recorre à fusão com concorrentes para se fortalecer no mercado e enfrentar o avanço da Globex, que reúne Casas Bahia, Ponto Frio e Extra Eletro, e do Magazine Luiza, que em julho de 2010 comprou a paraibana Lojas Maia e, no mês passado, a Lojas do Baú, do Grupo Silvio Santos.
Nunes contou que o negócio foi fechado em 90 dias e a intenção do acordo é consolidar a presença da empresa no Nordeste, a região do País com maior crescimento de vendas de eletrodomésticos. “Em 70% das cidades do Nordeste onde a Eletro Shopping está, a Insinuante não está”, observou.
Por isso, ele não acredita que o negócio sofra restrições no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Gestão
Nunes não se diz assustado com o gigantismo da operação da Máquina de Vendas.
Ele argumenta que o modelo de negócio criado por ele e por Luiz Carlos Batista, presidente do Conselho de Administração da Máquina de Vendas Brasil, que prevê que a gestão das redes seja feita pelos sócios locais e apenas as compras e a parte financeira centralizadas, permite dar agilidade à empresa. “Esse modelo de negócio agradou. Eles vendem e continuam no negócio, como se nada tivesse acontecido.”
Com a entrada da Eletro Shopping na Máquina de Vendas, foi criada, sob o comando da holding, mais uma divisão: a Máquina de Vendas Nordeste, que será comandada por Richards Saunders, da Eletro Shopping. A outra divisão é a Máquina de Vendas Norte, que é gerida por Erivelto Gasques, da City Lar.
Nunes contou que a estratégia da companhia de manter as marcas das novas empresas continua.
As bandeiras Insinuante e Eletro Shopping serão para as lojas do Nordeste, a Ricardo Eletro para as unidades do Sudeste, Goiás e Distrito Federal, e a City Lar na região Norte, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Defesa
Para o consultor da Mixxer Desenvolvimento Empresarial, Eugênio Foganholo, esse novo negócio capitaneado pela Máquina de Vendas é um claro movimento defensivo da companhia para barrar o avanço das Casas Bahia e do Magazine Luiza no Nordeste. “No fundo, eles querem ter um tamanho cada vez maior para poder negociar com maior poder de barganha com os fornecedores”, diz o consultor.
Empresários da indústria de eletrodomésticos ouvidos pelo Estado não gostaram do negócio e acham que serão afetados na hora de acertar as condições de compra com o varejo.
Segundo cálculos feitos por analistas de mercado, a concentração no varejo de eletrodomésticos cresce em ritmo acelerado, especialmente nos últimos anos.
Hoje, os dez maiores canais de vendas de eletroeletrônicos detêm três quartos do bolo, ou 76% do mercado.
Em 2000, as dez maiores redes varejistas do setor respondiam por 55% das vendas totais.
Só a fatia de mercado das três maiores redes de eletroeletrônicos aumentou de 35% em 2000 para 50% neste ano, apontam cálculos de fabricantes.
Em 2000, as três maiores varejistas eram Casas Bahia, Ponto Frio e Magazine Luiza.
Agora as três gigantes são Globex, Máquina de Vendas e Magazine Luiza.
Para os concorrentes, como a Lojas Cem, as recentes fusões não são uma ameaça. José Domingos Alves, supervisor geral da rede, diz que o objetivo da sua empresa é ser a melhor e que o gigantismo dificulta a administração.
Márcia de Chiara/O Estado de S. Paulo/DF
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