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Cerca de dez mil manifestantes de todo o Brasil estão marchando, neste momento, em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, em direção ao Congresso Nacional. A FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) participa da VI Marcha Nacional com cem trabalhadores e trabalhadoras em educação de todo o Estado.

A mobilização é realizada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) em parceria com a CUT (Central Única dos Trabalhadores). A VI Marcha Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública tem como tema: "Independência é educação de qualidade e trabalho decente".

De acordo com o presidente da CNTE, Roberto Leão, a Marcha tem o objetivo de chamar a atenção das autoridades. “Queremos chamar a atenção da Presidência da República, dos prefeitos, governadores, deputados e senadores para os problemas da educação pública brasileira. No momento, nós temos duas questões fundamentais: a luta pelos 10% do PIB para a educação e a questão do cumprimento da Lei do Piso Salarial Nacional", afirma.

Para a secretária adjunta da FETEMS, Maria Ildonei de Lima Pedra, unidos os trabalhadores sempre podem mais. “Com certeza uma Marcha como essa, que leva mais de dez mil manifestantes para a rua, tem grande impacto nas nossas reivindicações e irá pesar muito nas decisões que o poder público irá tomar em relação as nossas solicitações. Essa mobilização é a prova de que unidos os trabalhadores sempre podem mais”, ressalta.

Segundo o secretário de políticas municipais da Federação, Ademar Plácido da Rosa, que também está marchando em prol da educação, a FETEMS não poderia nunca deixar de estar presente em um momento como este. “Nós somos a maior entidade sindical de MS, representamos mais de 25 mil trabalhadores em educação do nosso Estado e jamais poderíamos deixar de somar a nossa Confederação nessa luta pelos 10% do PIB. Viemos pela luta da qualidade da educação no Brasil”, disse.

Já para a secretária dos especialistas e coordenadores pedagógicos da FETEMS, Sueli Veiga Melo, a luta por uma educação pública de qualidade no Brasil é constante e depende da mobilização de toda a sociedade. “Precisamos nos mobilizar, nos unir e realizar ações como essa, pois não só o poder público, como toda a sociedade precisa entender o que significa para a educação pública questões como cumprimento da Lei do Piso na íntegra, a aprovação do PNE e mais investimento de recursos, como os 10% do PIB, por isso é de extrema importância irmos a luta e mostrarmos para todos o porquê queremos essas mudanças e o que elas irão trazer e influenciar na qualidade da educação pública ofertada no país”, explica.

Além da luta pelos 10% do PIB para a educação e a questão do cumprimento da Lei do Piso Salarial Nacional, a Marcha também tem como bandeira a valorização do plano de carreira para os profissionais da educação; a aprovação do PNE (Plano Nacional de Educação) no Senado, após a derrubada do recurso que tentava colocá-lo para votação na Câmara; e pela normatização da jornada de trabalho do magistério, que é a inclusão de 1/3 de hora-atividade para o planejamento de aulas.

Durante a VI Marcha Nacional haverá atividades o dia todo e também existe a expectativa para as audiências que a CNTE solicitou com a presidenta Dilma Rousseff, e os presidentes da Câmara, Marco Maia, e do Senado, José Sarney.