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A ação Brasil Carinhoso, que integra o Plano Brasil Sem Miséria, já retirou da extrema pobreza quase 73,7 mil famílias na Região Centro-Oeste.

Beneficiárias do Programa Bolsa Família com filhos até 6 anos, elas passaram a receber, desde junho, uma complementação do benefício que elevou para mais de R$ 70 mensais a renda por pessoa da família.

Graças a isso, mais de 300 mil pessoas já saíram da situação de extrema pobreza na região. Elas representam 55,5% das 557.449 pessoas que se encontravam nessa situação no Centro-Oeste em junho de 2011, quando o Plano Brasil Sem Miséria foi lançado.

No Distrito Federal e nos outros três estados da Região Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), a complementação do Bolsa Família – chamada de Benefício para Superação da Extrema Pobreza na Primeira Infância (BSP) –, por meio do Brasil Carinhoso, teve investimento de R$ 6,4 milhões em julho.

Em todo o país, 8,6 milhões de pessoas superaram a extrema pobreza com o pagamento do BSP, com investimento de R$ 169,8 milhões.

O alcance do Brasil Carinhoso nos dois primeiros meses de vigência é considerado recorde pelo secretário nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Luís Henrique Paiva.

“Tivemos um impacto brutal de redução da extrema pobreza, num tempo muito curto”, avalia. “Essa foi uma opção de governo. Se havia uma chance de tentar erradicar a extrema pobreza no curtíssimo prazo, por meio de transferência de renda, a prioridade deveria ser dada a essas famílias e foi dada.”

Segundo o secretário, não há nenhuma faixa etária em que a extrema pobreza tenha efeitos tão duradouros quanto a primeira infância, que é uma fase de desenvolvimento físico, psíquico e emocional.

“Se a criança está num universo de extrema pobreza, ela não tem acesso à alimentação adequada e aos estímulos adequados para se desenvolver.”

Números

Goiás é o estado do Centro-Oeste que tem maior número de pessoas beneficiadas pelo Brasil Carinhoso: são 30.626 famílias recebendo o benefício, que totalizam 125.558 pessoas.

Para elevar a renda por pessoa acima de R$ 70 mensais, o investimento necessário em julho foi de 2,5 milhões. O Distrito Federal, por sua vez, tem o menor número de famílias que precisam receber complementação do Bolsa Família para sair da extrema pobreza: 5.543. Com um investimento de R$ 497 mil em julho, o Brasil Carinhoso atende 23.329 pessoas.

Lançado em maio, o Brasil Carinhoso reúne iniciativas voltadas para a primeira infância na área social. Além da complementação do Bolsa Família, a ação contempla a educação, com o aumento da oferta de vagas em creches públicas e conveniadas, e a saúde, oferecendo suplementação de vitamina A, ferro e medicação gratuita contra asma.

O valor do BSP varia de acordo com a renda e o número de membros de cada família. Para calculá-lo, é necessário somar a renda mensal total da família declarada no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – considerando inclusive o Bolsa Família e outros benefícios que ela receba – e dividir pelo número de pessoas que a compõem. Assim, o Brasil Carinhoso garante que todos os membros da família tenham renda acima de R$ 70 mensais.

Segundo o secretário Luis Henrique Paiva, a elevação de renda tem impacto imediato na qualidade de vida das famílias atendidas pelo Brasil Carinhoso e retira da situação de extrema pobreza as crianças menores de 6 anos.

Somam-se a essa ação outras iniciativas do Plano Brasil Sem Miséria, como a inclusão produtiva e o acesso a serviços e equipamentos públicos, com atuação conjunta de dez ministérios e coordenação do MDS.