CPMI pede contratos da Delta em Estados, inclusive MS
Estado - Ações Judiciais - Contratos da Delta
Foto: correiodoestado.com.br
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira definiu o dia 28 de agosto para ouvir o diretor da Delta Construções, Fernando Cavendish.
Os membros da CPI também aprovaram, por unanimidade, pedidos de informações de contratos da empreiteira com os governos dos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e do Distrito Federal. A informação é da Agência Câmara.
Os deputados Miro Teixeira (PDT-RJ), Domingos Sávio (PSDB-MG) e o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) cobraram a ampliação das informações para todos os Estados e municípios com contratos com a Delta.
“Estamos diante de um esquema bilionário, o maior da história da República”, disse Rodrigues. “É fundamental que façamos isso de forma plena para o que tiver de ser descoberto seja com o propósito de se recuperar o dinheiro do povo”, afirmou Domingos Sávio.
O relator Odair Cunha (PT-MG) discordou e disse ser necessário focar nos documentos com participação clara de Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta no Centro-Oeste, e Carlinhos Cachoeira.
Cunha disse que analisará na próxima reunião administrativa um requerimento formal solicitando a ampliação dos contratos da empreiteira nas demais regiões do País.
Primeira-dama de Goiás
Um dos requerimentos pede informações sobre recursos recebidos e repassados a instituições de ensino pela ONG Organização das Voluntárias de Goiás, do programa Bolsa Universitária, desde o início do ano. Essa entidade é comandada atualmente pela primeira-dama de Goiás, Valéria Perillo.
A princípio, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) tinha solicitado a votação em destaque desse requerimento, mas recolheu o pedido em troca da retirada da quebra de sigilo da organização não governamental. O relator aceitou a proposta.
Valéria está pela segunda vez à frente da ONG. Entre 1999 e 2006, ela foi responsável por instituir o programa de bolsas para alunos carentes, do qual participa a Faculdade Padrão.
Sigilos bancários obtidos pela CPI do Cachoeira revelam que a Faculdade Padrão, do empresário Walter Paulo Santiago, recebeu R$ 22,9 milhões da ONG.
Carlinhos Cachoeira
Acusado de comandar a exploração do jogo ilegal em Goiás, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em 29 de fevereiro de 2012, oito anos após a divulgação de um vídeo em que Waldomiro Diniz, assessor do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, lhe pedia propina.
O escândalo culminou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos e na revelação do suposto esquema de pagamento de parlamentares que ficou conhecido como mensalão.
Escutas telefônicas realizadas durante a investigação da PF apontaram diversos contatos entre Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (GO), então líder do DEM no Senado.
Ele reagiu dizendo que a violação do seu sigilo telefônico não havia obedecido a critérios legais, confirmou amizade com o bicheiro, mas negou conhecimento e envolvimento nos negócios ilegais de Cachoeira.
As denúncias levaram o Psol a representar contra Demóstenes no Conselho de Ética e o DEM a abrir processo para expulsar o senador. O goiano se antecipou e pediu desfiliação da legenda.
Com o vazamento de informações do inquérito, as denúncias começaram a atingir outros políticos, agentes públicos e empresas, o que culminou na abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira.
O colegiado ouviu os governadores Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, e Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, que negaram envolvimento com o grupo do bicheiro.
O governador Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro, escapou de ser convocado. Ele é amigo do empreiteiro Fernando Cavendish, dono da Delta, apontada como parte do esquema de Cachoeira e maior recebedora de recursos do governo federal nos últimos três anos.
Demóstenes passou por processo de cassação por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Casa. Em 11 de julho, o plenário do Senado aprovou, por 56 votos a favor, 19 contra e cinco abstenções, a perda de mandato do goiano. Ele foi o segundo senador cassado pelo voto dos colegas na história do Senado.
Josemil Arruda/MS Notícias/JE
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