Imagem: workshops.com.pt

O I Congresso Nacional de Áreas Úmidas abriu suas atividades em um pré-evento promovido ontem, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. Profissionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul (Famasul), organização ambiental The Nature Conservancy (TNC), Instituição Ecoa, Fundação de Apoio à Vida nos Trópicos (Ecotrópica) e Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso (SindEnergia), reuniram-se em um workshop sobre as Hidrelétricas e a Lei do Pantanal, temas que estarão em evidência nos ciclos de discussões aberto ao público durante o Congresso, nos dias 9 e 10.

A pesquisadora da Embrapa Pantanal e do curso de Geografia da UFMT, Débora Calheiros, deu início nas atividades abordando os potenciais gerados pelas hidrelétricas em confronto aos impactos por elas gerados. Segundo Débora, há uma previsão de 135 empreendimentos ligados à essa fonte de energia e 44 já implantados que representam 70% do potencial da Bacia do Alto Paraguai. Os 30% restantes representariam apenas 2% de energia do país. “Esse percentual já está contribuindo para a geração de energia do país, e se for aumentado prejudicará a atividade pesqueira e a renovação das pastagens, essenciais para a pecuária. A economia de uma sociedade depende da saúde ambiental”, afirmou a pesquisadora.

No período da tarde a técnica da Coordenadoria de Ecossistemas da Sema, Gabriela Priante, apresentou aos participantes a Lei do Pantanal em sua origem, conceitos, aplicações, entre outros pontos. “Quando soubemos da existência desta Lei criamos um grupo virtual para discussões dos dispostos nela e vimos no I CONBRAU a oportunidade de estender essa discussão e promover melhorias”, disse Gabriela. A exemplo do que ocorreu nesta manhã, os profissionais discutiram o assunto, expondo suas opiniões sobre os critérios que poderiam ser adicionados e os que poderiam ser retirados da Lei do Pantanal.

O I CONBRAU abre oficialmente sua programação nesta quarta-feira (8), às 19h, no Centro de Eventos do Pantanal com palestra sobre o Código Florestal, ministrado pelo professor e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas, Wolfgang Junk. O Código é um tema atual e que ainda não abrange as Áreas Úmidas (AUs). Durante os dias 9 e 10 um amplo leque de palestras contemplam os participantes do evento que encerra as atividades diárias com um ciclo de discussões, sobre os temas Hidrelétricas e o Pantanal e Uma Lei para o Pantanal, respectivamente.

A realização do evento é do Centro de Pesquisas do Pantanal (CPP), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia e, Áreas Úmidas (INAU), com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Sesc Pantanal, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat),Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da organização ambiental The Nature Conservancy.

Mais informações pelo site www.pantanalmais10.org.br ou pelo telefone (65) 3664-1121.