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Acadêmicos e técnicos administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) ocuparam hoje (10) as cadeiras do plenário da Assembléia Legislativa para manifestar e dar visibilidade às insatisfações do intitulado “Comando de Greve” da instituição.

Um ônibus levou cerca de 50 acadêmicos e técnicos até a Casa de Leis, munidos de faixas com frases de apoio à greve. De acordo com Renan Araújo, membro do Comando de Greve da UFMS, a ocupação do espaço público teve como intuito tornar público o motivo pelo qual a greve foi instituída.

“Não estamos vindo aqui para conversar com os deputados, mesmo porque nós acreditamos que aqui não se faz política, nós fazemos política nas ruas, viemos dar robustez ao nosso movimento, torná-lo público, já que dizem que esta é a Casa do Povo”, disse o estudante em tom inflamado.

Com a presença dos manifestantes em plenário, o deputado estadual, Laerte Tetila , requereu à mesa diretora um tempo para que o representante dos técnicos e o dos alunos pudessem fazer sua explanação. A mesa acatou o pedido e o estudante Renan Araújo ocupou a tribuna.

Entre as reivindicações elencadas, falou-se em melhores condições de trabalho e estrutura das universidades federais como um todo. Questões como o investimento de 10% do PIB (Produto interno Bruto) em educação, a privatização do Hospital Universitário (HU), moradia estudantil e uma creche vinculada à universidade, o sucateamento dos laboratórios, acessibilidade, entre outras também foram levantadas.

Apoio

O parlamentar Rinaldo foi o primeiro entre os deputados a se pronunciar favorável às reivindicações. Ele disse que é técnico administrativo há 27 e memorou que há anos atrás haviam as mesmas carências elencadas pelo movimento.

O deputado estadual Alcides Bernal, que cedeu seu tempo no grande expediente para o pronunciamento dos grevistas, manifestou apoio à causa e disse que “se a Assembléia se respeitar fará uma moção de apoio à causa também”.

Na condição de presidente da comissão de educação da Assembleia, o deputado Diogo Tita também se declarou solidário, frisou que a atribuição é do governo federal. “Infelizmente não podemos fazer nada, os insensíveis nessa história não somos nós. Os servidores da UFMS pedem aumento de salário há sete anos”, lembrou.

Pedro Kemp se comprometeu publicamente a redigir um ofício endereçado ao Ministério da Educação e do Planejamento, em apoio as reivindicações dos estudantes e técnicos.

No encerramento de sua fala o estudante Renan Araújo disse que “se quiserem falar em educação, o movimento está disposto a discutir”

De carona

O candidato a prefeito pelo PSTU, Suel Ferranti, esteve junto com os grevistas, vestido com a camisa do movimento. O comparecimento dele na Assembleia já havia sido previsto em sua agenda de compromissos de campanha. No entanto, segundo Suel, sua presença também se deve ao fato de que ele também é servidor público federal.