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O Coema (Conselho Temático Permanente de Meio Ambiente) da Fiems vai mobilizar as indústrias sucroenergéticas sul-mato-grossenses para aderirem ao projeto piloto de adequação ambiental lançado nesta terça-feira (05/06), na sede do Imasul, pelo Governo do Estado e Biosul (Associação dos Produtores de Bionergia de Mato Grosso do Sul). Durante o evento foi assinado o Termo de Cooperação Técnica entre Estado e Biosul, que busca a adequação ambiental das propriedades rurais produtoras de cana-de-açúcar nos municípios de Ivinhema, Angélica e Novo Horizonte do Sul.

Segundo o presidente do Coema da Fiems, Isaías Bernardini, o projeto tem o apoio da Adecoagro, indústria instalada na cidade de Angélica, e constitui parceria com o Instituto de Conservação Ambiental The Nature Conservacy (TNC), responsável pela execução. “A Biosul tem todo interesse de incentivar as indústrias sucroenergéticas instaladas no Estado a regularizarem ambientalmente suas áreas rurais. Por isso, fomos estimulados a participar pelo Imasul, que já vem promovendo a regularização ambiental, de forma eficiente e nos termos de legislação aplicável”, detalhou.

Ele acrescenta que o Coema da Fiems vai mobilizar todas as indústrias sucroenergéticas instaladas nas regiões de Ivinhema, Angélica e Novo Horizonte do Sul para que possam produzir de acordo com as leis ambientais vigentes. “Estamos certos dos resultados positivos que serão alcançados e esperamos em breve ampliar as ações propostas aos demais municípios do Estado”, disse. Isaías Bernardini salienta ainda a importância em tratar do tema – regularização de reservas legais -, levando em consideração que toda a sociedade civil está acompanhando os desdobramentos do novo Código Florestal, que está em fase final de tramitação no Congresso Nacional.

Mapeamento

Segundo o especialista em agronegócio e conservação da TNC, Adolfo Dalla Pria, o mapeamento do uso do solo dos três municípios foi iniciado há dois anos. “A primeira etapa dos trabalhos será concluída com o diagnóstico individual e a elaboração do Manual de Recuperação de Áreas Degradadas. Na segunda etapa serão propostos os mecanismos de regularização das reservas legais e APPs”, informou. Ele explica que nos próximos dois anos todo o projeto será concluído e que o resultado servirá de modelo para que outras indústrias sucroenergeticas possam se instalar na região, visando as boas práticas com o meio ambiente. “Nosso objetivo é orientar e solucionar todos os passivos que forem identificados durante o desenvolvimento do projeto”, garantiu.

O governador Andre Puccinelli fez questão de ressaltar que o Estado está desenvolvendo diversas ações que garantem o desenvolvimento, mas com respeito ao meio ambiente e de forma sustentável. “Lembro que, quando cheguei ao Estado do antigo Mato Grosso, imperavam as queimadas rotineiras e habituais para o controle de pragas. De lá para cá, muito se evoluiu com a chegada da tecnologia e nós queremos avançar para melhor, mostrando ao mundo, por meio de projetos de lei e decretos, o que podemos fazer de bem ao nosso Estado, recuperando aquilo que prejudicamos no passado e preservado o que temos hoje para as gerações futuras”, destacou.

Já o presidente da Biosul, Roberto Hollanda, destaca que Ivinhema, Angélica e Novo Horizonte são cidades em potencial para a plantação de cana-de-açúcar e consequentemente para a instalação de novas indústrias. “O projeto é rico em conhecimento e informações e será um bom exemplo a ser seguido. Queremos que se espalhe”, frisou. Na ocasião, também foi realizado o lançamento do Fórum de Educação Ambiental de Mato Grosso do Sul, que será realizado pelo Governo do Estado, nos dias 7 e 9 de agosto, em Campo Grande (MS). Para o presidente do Coema da Fiems, a iniciativa vai ao encontro dos anseios do Conselho, que é de incentivar e transmitir às indústrias a importância em trabalhar o tema, além de destacar para toda à sociedade as ações que já vêm sendo realizadas.