MS tem três dos municípios que mais ‘fornecem’ mão-de-obra escrava no país
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Foto: abaixoracismo.blogspot.com
Mato Grosso do Sul figura de forma negativa no “Atlas do Trabalho Escravo no Brasil”, produzido por geógrafos da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e da USP (Universidade de São Paulo).
O estudo aponta o Estado como um dos maiores “fornecedores” de mão-de-obra escrava de todo o país.
Três municípios sul-mato-grossenses estão entre os principais locais de nascimento de trabalhadores libertados entre os anos de 2003 e 2008.
De acordo com o estudo publicado recentemente pelos pesquisadores, Amambai, Naviraí e Caarapó integram “o grupo dos quatro maiores municípios ‘fornecedores’ do Brasil, logo após Redenção (Pará)”.
Durante os cinco anos compreendidos pela pesquisa, foram libertados 394 amambaienses, 276 naviraienses e 256 caarapoenses pelo Brasil.
Além deste dado, o “Atlas do Trabalho Escravo no Brasil” revela também que “o domicílio declarado pelos trabalhadores após a sua libertação confirmam a concentração no Mato Grosso do Sul, com os mesmos municípios de Amambai (462 pessoas, o número mais alto do país), e de Caarapó (264)”.
Ao realizarem esse levantamento, os pesquisadores da Unesp e da USP se embasaram em dados do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) e da CPT (Comissão Pastoral da Terra).
Com isso, conseguiram apontar até mesmo as principais causas para a escravização de mão-de-obra.
Neste sentido, desenvolveram os índices de “Probabilidade de Trabalho Escravo” e de “Vulnerabilidade ao Aliciamento”.
No primeiro caso, o estudo pontua algumas atividades econômicas que criam ambiente “propício ao surgimento do trabalho escravo”.
Destas, em duas o território sul-mato-grossense ganha destaque no estudo – produção de cana-de-açúcar e de carvão.
Quanto à vulnerabilidade ao aliciamento, o Atlas indica como fatores de influência “baixa esperança de vida ao nascer, baixa renda per capta, baixos índices no ranking do IDH, elevado índice de exclusão, elevada taxa de pobreza, elevada proporção da população vivendo em domicílio cuja renda é inferior à R$ 37,75, e elevada mortalidade antes dos 5 anos”.
Resgates
Outro tópico do documento que aponta Mato Grosso do Sul sob uma ótica negativa é quanto aos “grupos mais numerosos de trabalhadores libertados em 2007 e 2008”.
Neste primeiro ano analisado, Brasilândia (1.011 pessoas) e Iguatemi (498) ocupam segundo e terceiro lugares do ranking nacional, respectivamente.
No ano seguinte, o 6º lugar de Iguatemi (126) manteve o Estado no topo do levantamento.
A escravização de mão-de-obra no Brasil voltou a ganhar destaque na semana passada, depois que os deputados federais aprovaram, em segunda instância, a PEC 438 (Proposta de Emenda Constitucional), também conhecida como “a PEC do Trabalho Escravo”.
Dentre as sanções previstas na medida, há a possibilidade do confisco de propriedades onde houver flagrante de trabalho escravo.
André Bento/Primeira Hora News/JE
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