Trabalhadores do judiciário entram em greve a partir de hoje
Estado - Ações Coletivas - Trabalhadores do Judiciário em Greve
Foto: maracajaonline.blogspot.com
Trabalhadores do judiciário de MS cruzam os braços a partir de hoje em todo estado, em busca de um reajuste digno, implantação de um Plano de Cargos e Carreira a contento e melhores condições de trabalho.
A atual administração do TJ ofereceu um reajuste salarial de 6%, índice que não atende aos anseios da classe.
A defasagem salarial já acumula, de 2006 até a presente data, o percentual de 35%, tomando como parâmetro os índices de reajuste do salário mínimo neste período.
A categoria rejeita o reajuste salarial de 6% proposto pelo TJ (Tribunal de Justiça) e pede 18% de acréscimo salarial, aplicação efetiva e um plano de cargos e carreira e, ao menos R$ 600,00 de auxílio alimentação enquanto o oferecido hoje vai de R$ 374,00 para R$ 394,00, mas “está aberta a negociar”.
Em 2006 houve a aprovação de um mísero Plano de Cargos e Carreiras que mais prejudicou do que beneficiou os trabalhadores e, de lá para cá, a categoria recebeu em média 5% de reajuste, o que não acompanhou a média do salário mínimo que somente no ano passado teve um reajuste de 14% a mais.
Para os servidores, a situação pela qual eles passam é de descaso do Tribunal de Justiça. Trabalhamos com o quadro de pessoal reduzido, além da diferenciação entre o magistrados e os servidores.
Nós dividimos o mesmo duodécimo, mas as vantagens pendem muito mais para o lado deles.
Enquanto o auxílio alimentação dos magistrados é de cerca de R$ 900, o dos servidores fica em torno de R$ 370.
O Tribunal alega que não há dinheiro para aumentar o salário e os benefícios, mas no ano passado devolveram R$ 6 milhões para o Estado.
Outro problema são os inúmeros casos de desvio de função, onde servidores das funções intermediárias são remanejados aos cartórios judiciais e desempenham a função de analista judiciário, sem receber a mais por isso.
A greve já era tida como certa. A única novidade na proposta da atual administração é aumentar R$ 18,70 de auxílio-alimentação a partir de julho.
Em contrapartida, o TJ encaminhou projeto de lei à AL, criando mais 95 cargos de assessor de Juiz.
Representantes de classe se reuniram no último sábado (19) com o presidente do TJ, desembargador Hildebrando Coelho Neto, e com Joenildo de Souza Chaves, que assumirá a corte em fevereiro do ano que vem.
Pela proposta do sindicato, o TJ teria condições, caso não aumentasse o número de cargos de assessor, de acrescentar R$ 150 nos salários mais baixos e ainda aumentar em 7% o reajuste linear para todos os funcionários.
O aumento no número de cargos é uma boa medida, e ajuda a desafogar o trabalho do juiz, mas entendemos que não é o momento apropriado.
Se isso não acontecesse, sobrariam recursos e teria como trabalhar um aumento nos salários mais baixos, garante.
Na manhã do dia 22 o presidente do Sindijus/MS, Dionízio Avalhaes, juntamente com o Diretor Fabiano Reis de Oliveira, estiveram presentes em reunião na Assembleia Legislativa com o deputado Jerson Domingos para tentar novas negociações salariais para os servidores do Poder Judiciário de MS.
Na reunião, Jerson Domingos sugeriu que ainda não fosse colocada em votação a proposta do TJMS de reajuste salarial de 6% e também se comprometeu com a categoria de intermediar as negociações do sindicato juntamente com o Governador André Puccinelli, sendo assim, o deputado sugeriu à categoria que o movimento de greve fosse suspenso temporariamente para que neste tempo possa intermediar as negociações.
Após essas tratativas, Dionízio conversou com o desembargador Joenildo de Sousa Chaves (futuro presidente do TJ) ao telefone que disse que no início da tarde se reuniria com a Administração do TJMS para se certificar dos números e dar um posicionamento ao sindicato.
O presidente do Sindijus/MS, Dionízio Avalhaes e o diretor Fabiano de Oliveira continuaram na Assembleia Legislativa e com a volta do presidente da casa ao plenário houve votação da pauta e para surpresa dos diretores colocou em primeira votação o projeto de reajuste de 6% que foi aprovado sem manifestação dos deputados com exceção do questionamento do deputado Pedro Kemp sobre o acordo feito com o presidente da casa e o presidente do sindicato.
O Judiciário de Mato Grosso do Sul tem, hoje, 3,5 mil servidores que ganham entre R$ 1,4 mil e R$ 3,4 mil.
“Os salários estão muito defasados. Fora isso, queremos melhores condições de trabalho. Nós trabalhamos com prazos e metas, é muita pressão”, afirma Avalhaes.
O presidente do Sindijus, Dionízio Avalhaes, afirmou que “o objetivo do sindicato e dos trabalhadores não é fazer greve, mas tão somente, ter garantido seu direito de trabalhador, ter garantido o direito de trabalhar com qualidade e dignidade e, sobretudo, prestando um bom serviço à população”.
Esta Entidade Sindical sempre cautelosa, zelosa e, sobretudo, compromissada com os jurisdicionados e com as Entidades Auxiliares da Justiça, cuidará de assegurar o funcionamento dos plantões nos moldes usualmente praticados em todas as Comarcas, a fim de não prejudicar os serviços urgentes e essenciais.
Desde já agradecemos a compreensão da população do Estado de Mato Grosso do Sul, sendo certo que o objetivo maior é o de prestar serviços ainda melhores aos jurisdicionados.
Redação/O Correio News/JE
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