UFMS cria comissão para discutir implantação do sistema de cotas
Estado - Educação - Sistema de Cotas
Foto: Jornal Dia a Dia
Professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) se reuniram nessa quinta-feira (17) para discutir a implantação na instituição do Sistema de Cotas, julgado constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no começo do mês.
Além dos professores, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) também participou da reunião, que contou com a presença da reitora Célia Maria Silva Correa Oliveira, e das docentes Priscila Martins e Célia Regina do Carmo, do curso de Ciências Sociais, Dulce Lopes, do curso de Nutrição, e Daniel Santee, professor da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação, além da professora Claudete Camechi, do campus de Aquidauana.
Segundo Kemp, a reunião foi convocada para formar uma comissão para discutir e encaminhar ao Conselho da Universidade a implantação do sistema, sendo trabalho da comissão preparar seminários.
Ele participa da discussão a convite da UFMS, por conta de ter sido o autor do projeto de cotas na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) há 10 anos.
Durante a reunião, foram indicados os nomes para a comissão que depois será criada formalmente, através de portaria.
Ela deve apresentar propostas de como o sistema será implantado, tanto o prazo de 90 dias para fechar um documento e encaminhar para aprovação do Conselho Universitário, para já aplicar na próxima seleção de alunos da UFMS.
“Vamos caminhar para implantar o Sistema de Cotas na UFMS. É uma política que contribui para garantir igualdade e oportunidade a quem historicamente teve dificuldades”, afirma o deputado Kemp.
Já a reitora Célia Maria conta que três seminários serão realizados ainda, os quais servirão de base para redigir a minuta preparada pela comissão sobre a inclusão de cotas na universidade.
“Esperamos trazer o reitor da UnB (Universidade de Brasília) para fazer uma palestra para ajudar o grupo de sete pessoas a redigir essa minuta”, diz a reitora Célia.
Os membros do grupo serão pesquisadores em Ciências Sociais e técnicos administrativos da UFMS.
“Queremos ter o assunto discutido antes do Enem de Verão”, finaliza.
Estudantes
A implantação das cotas na UFMS ainda gera divergências de opiniões entre os acadêmicos.
Para o estudante de Medicina da UFMS, Bruno Camparim, de 22 anos, seria justo se as cotas fossem estendidas para pessoas de baixa classe social e não apenas por definição racial.
Ele também crê que deveriam ser criadas mais vagas, entretanto, confessa que o curso de Medicina e o Hospital Universitário (HU) estão saturados.
“Se o número de alunos aumentar, cai a qualidade do ensino. Tem que ter aumento de estrutura e disponibilidade de professores”, diz Bruno.
O acadêmico de Medicina ainda também afirma que as cotas são extremamente racistas e fazem as pessoas pensarem que precisam de uma ajuda para entrar na faculdade.
“Isso é discriminatório demais. Quem defende isso tem ideias infundadas”, opina.
Já Everton Lemos, de 24 anos, e enfermeiro já formado pela UFMS, defende o sistema de cotas para indígenas e para outros que necessitam.
“As cotas são necessárias para que se possa ter uma melhor divisão da universidade. Acho elas justas e importantes para dar a oportunidade de integração para essas pessoas”, comenta Everton.
Jornal Dia a Dia/JE
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