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Prestes a completar seu segundo mandato em Campo Grande (MS), o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) diz “torcer” para que Cuiabá “faça bonito” na Copa e garante que as rixas do passado recente ficaram para trás.

Em 2014, segundo ele, a capital de Mato Grosso do Sul estará pronta para também participar do evento, recepcionando turistas e hospedando seleções internacionais.

“Quando a gente recebeu a notícia de que estávamos fora da Copa, continuamos trabalhando com os mesmos projetos. E a gente conseguiu viabilizar todas as propostas, à exceção do estádio”, relata.

DIÁRIO – No dia do anúncio de Cuiabá como sede da Copa, um trio elétrico bancado pelo governo trazia uma faixa que dizia “Tchupa [SIC] essa manga, Campo Grande”. Três anos depois, como avalia aquele momento?

TRAD - Eu não vou entrar nessa dividida. É lógico que ficamos chateados. Eu acho que você nunca deve menosprezar os seus adversários, os que estão competindo contigo. Ainda mais se estão unidos pela história, como Campo Grande e Cuiabá. Mas isso é passado e eu tenho que administrar minha cidade.

DIÁRIO – Como estará Campo Grande em 2014?

TRAD - Nós estaremos prontos para receber qualquer turista que vier para conhecer a cidade e o Pantanal de Mato Grosso do Sul. Nós vamos ter, por exemplo, o maior aquário de água doce do mundo. A cidade vai estar pronta, inclusive concorrendo para poder receber algumas seleções. Já estamos credenciados para isso, passamos por várias etapas e só está faltando o anúncio final.

DIÁRIO – Mesmo fora da Copa, Campo Grande obteve grande volume de recursos federais desde 2009. Como isso foi possível?

TRAD – Não podemos reclamar do governo federal, que sempre se posicionou da seguinte forma: se você apresentar bons projetos e eles forem aprovados tecnicamente, você vai conseguir o recurso. Então investimos numa equipe de trabalho que só faz projetos completos, não apenas arquitetônicos. Por isso é que conseguimos, apresentando bons projetos, garantir todo esse volume de recursos.

DIÁRIO – Como vê as dificuldades que Cuiabá vem enfrentando para levar adiante as obras previstas para o evento?

TRAD- Eu só posso dizer que torço para que Cuiabá consiga fazer suas obras e faça bonito na Copa. Quer a gente queira ou não, Cuiabá reflete um pouco em nós também. Se vai bem, reflete aqui. Se vai mal, reflete também. Então eu espero que a cidade possa fazer as obras a tempo de receber as delegações e toda a estrutura da Copa do Mundo.

DIÁRIO – No recém-assinado PAC da Mobilidade Urbana, porque Campo Grande decidiu optar pelo BRT e não pelo VLT?

TRAD- Seguimos principalmente uma orientação do governo federal, que disse que as cidades médias deveriam adotar o BRT. Isso porque você não tem demanda suficiente para poder fechar a conta de um metrô de superfície ou mesmo de um metrô. VLT é para cidades acima de 1,2 milhão de habitantes, o que não é o nosso caso.