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O presidente da Federação das Indústrias do Estado Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen, participou ontem em Brasília do lançamento do Programa Senai de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira feito pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, e que contou com as presenças da presidente da República, Dilma Rousseff, além de ministros de Estado e dos demais presidentes das Federações das Indústrias de todo o País.

O Programa, que terá investimentos da ordem de R$ 1,9 bilhão em todo o País - R$ 1,5 bilhão é proveniente de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) -, prevê, entre outras medidas, a criação de 23 Institutos de Inovação e de 38 Institutos de Tecnologia, contemplando Mato Grosso do Sul com R$ 74 milhões. Segundo Sérgio Longen, no Estado o recurso será aplicado na construção do Instituto Senai de Inovação de Biomassa, em Três Lagoas; do Instituto Senai de Tecnologia em Automação, Energia, Alimentos e Bebidas, em Dourados; e de uma nova escola do Senai em Campo Grande, além da aquisição de duas novas unidades móveis – uma de mecânica diesel e outra de colheita florestal.

Além disso, completou o presidente da Fiems, as unidades do Senai já implantadas na Capital, Corumbá, Deodápolis, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Nova Alvorada do Sul, Sidrolândia, Sonora, Rio Verde e Três Lagoas passarão por atualização tecnológica para melhor atender as demandas das indústrias estaduais. Ele acrescenta ainda que a nova escola do Senai em Campo Grande será construída em um dos bairros das regiões já atendidas pelo Programa Ação Fiems e terá capacidade para formação profissional de 1,5 mil alunos.

PLEITO

Sérgio Longen ressalta também que, além da implantação do Instituto Senai de Inovação de Biomassa, em Três Lagoas, e do Instituto Senai de Tecnologia em Automação, Energia, Alimentos e Bebidas, em Dourados, já está negociando junto à CNI a instalação, em Mato Grosso do Sul, do Instituto Senai de Inovação de Papel e Celulose. “Esse Programa Senai de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira é uma âncora nacional, que a CNI construiu com as Federações das Indústrias e Governo Federal para levar o processo de inovação para dentro das indústrias de todo o País. Agora, o Senai passa a ser um indutor do desenvolvimento industrial brasileiro e sul-mato-grossense”, avaliou.

Para o presidente do Sindicato da Indústria de Alimentos de Mato Grosso do Sul (Siams), Cláudio Mendonça, que também participou do lançamento do Programa Senai de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira, trata-se de um momento de extrema importância para as indústrias do segmento de alimentos do Estado. “A construção de um Instituto Senai de Tecnologia em Automação, Energia, Alimentos e Bebidas em Dourados vai contribuir para o fortalecimento do segmento no Estado. Esse investimento contribuirá para o aumento da competitividade das nossas indústrias com as de outros Estados do Brasil”, pontuou. Essa também é a opinião do presidente da Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul), Roberto Hollanda, que integrou a comitiva da Fiems ao evento.

GOVERNO FEDERAL

Durante discurso na cerimônia de lançamento do Programa, a presidente Dilma Rousseff defendeu a necessidade do País ter uma indústria fortalecida. “Não há hipótese do Brasil dar certo, de continuarmos nos desenvolvendo, distribuindo renda, gerando emprego, afirmando nossa soberania, tendo importância internacional, se não tivermos uma indústria forte”, declarou.

Ela disse ainda não concordar com a tese de que a prevalência do setor de serviços sobre os demais segmentos da atividade econômica deve ser perseguida como característica de nação desenvolvida. “Não sou daquelas pessoas que acreditam que o mundo mudou e hoje é só serviços. Países que entraram nisso tendem a reverter em parte esse processo”, enfatizou.

Assinalou que o programa, “abre uma nova agenda para o Brasil”. Segundo ela, “o Senai é o que temos de mais qualificado para transformar a pesquisa e o modelo de inovação brasileiros”. Sob aplausos, a presidente da República alinhou, no que classificou de “entraves ao desenvolvimento sustentado do país”, os altos juros e spreads (diferença entre o custo de captação dos bancos e o juro final), cobrados bem acima das taxas internacionais.

Acompanhada dos ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, da Educação, Aloizio Mercadante, dos presidentes do BNDES, Luciano Coutinho, e da CNI, Robson Braga, Dilma Rousseff percorreu uma exposição de projetos e equipamentos usados pelo Senai.

O presidente da CNI disse a Dilma Rousseff que o fortalecimento do Programa de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira é o momento de se apostar no futuro. “Os investimentos serão fundamentais para que o Senai amplie a sua participação nesse importante instrumento de democratização do ensino, de melhora da qualidade dos nossos profissionais e de incentivo ao emprego e ao crescimento econômico. Os nossos olhos estão voltados para os desafios da economia do século 21”, destacou.