Heróis relembram conquista da Copa América de 1989
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Nas últimas duas décadas, ganhar a Copa América ficou mais comum para os brasileiros. Mas isso depois de 40 anos sem título. Na segunda reportagem da série que o Jornal Nacional apresenta nesta semana, Tino Marcos ouve os heróis da conquista que pôs fim a esse jejum.
Foi tudo por causa dele: Teve aquela confusão toda por não ter levado o jogador do Bahia, acho que era o Charles, conta Bebeto.
Charles, ele não era assim: Os cabelos começaram a cair e eu radicalizei logo, brinca.
Nem Bebeto, nem Romário. Naquele momento, em Salvador, o preferido da torcida para a Copa América era o atacante que cinco meses antes tinha sido campeão brasileiro pelo Bahia: Eu comecei no final de 1988 como profissional e fui campeão brasileiro em fevereiro de 1989, lembra Charles.
Mas três deveriam ser cortados: E eu fui um desses cortados. Aí sim, nesse momento que saiu meu nome cortado da Seleção, não estaria da relação dos 20, veio a revolta do Bahia, do torcedor, da imprensa, conta Charles.
A torcida vaiava especialmente o técnico Sebastião Lazaroni. O clima, pesado, e a pressão, grande. O Brasil não ganhava a Copa América há 40 anos, lembra Ricardo Gomes.
Não houve bom futebol em Salvador. Contra a Venezuela, 1 a 0, Bebeto. E o baiano desabafou com os baianos: O gol, dependendo do momento, a gente extravasa, brinca Bebeto.
Brasil 3 a 1, com vaias. Depois, contra o Peru, 0 a 0. Contra a Colômbia, 0 a 0, e mais protestos.
As coisas só foram melhorar em Recife além da bela atuação, o acolhimento da torcida foi espetacular, conta Ricardo Gomes.
Estádio do Arruda, Recife, onde queria-se ver Romário e Bebeto. Todo jogo que eu fiz ali, eu fiz dois gols, relembra Bebeto. Bebeto 2, Paraguai 0. E o Recife sorriu para a Seleção.
Era a vez do Rio: Em casa, no Maracanã, brinca o jogador. Era a vez Argentina de Maradona. A vitória contra a Argentina foram golaços, afirma Ricardo Gomes.
Um golaço, um golaço, todo mundo lembra desse gol. Foi a marca registrada, conta Bebeto.
O gol de voleio contra a Argentina, patrimônio de Bebeto: O Maradona veio trocar camisa comigo, porque ele disse que nunca tinha visto um gol tão bonito como aquele que eu fiz contra ele no Maracanã, lembra Bebeto.
Romário fez o segundo: Brasil 2, Argentina 0. Nada melhor do que isso para moralizar e pegar o Uruguai na final, afirma Ricardo Gomes.
Mas antes, um 3 a 0 no Paraguai para esquentar.
Uma data, um trauma. Outra vez um 16 de julho, outra vez uma final entre Brasil e Uruguai no Maracanã. Era o aniversário de 39 anos do mais duro golpe já sofrido pela torcida brasileira: o Maracanaço.
Foi abordado milhares de vezes durante a semana que antecedeu o jogo, lembra Ricardo Gomes.
Trauma, isso depende do ponto de vista: Eu tenho assim grandes lembranças do Uruguai, conta Romário. Quatro anos mais tarde, contra o Uruguai, permita dizer que Romário classificou o Brasil para a Copa de 1994.
Mas em 1989, Uruguai, final, era tudo novidade: Mais de 100 mil pessoas, todo mundo torcendo para o Brasil, gritando o nome da galera, meu nome, enfim. Eu nunca vou esquecer, lembra Romário.
Quatro minutos do segundo tempo: A jogada começou com Mazinho tocando em mim, eu devolvi no Mazinho, lembra Bebeto.
O Mazinho colocou uma bola perfeita para eu cabecear. Com o meu tamanho, eu só poderia fazer isso antecipando os zagueiros e o goleiro, conta Romário.
Um a zero, o bastante para o Brasil voltar a vencer uma Copa América depois de quatro décadas. Esse título, esse momento, abriu a porta para aquela geração, lembra Romário.
Daquele time ali, eu, Dunga, Mazinho, Tafarel, Aldair, Romário, tinha metade do time, conta Bebeto.
Eles viriam a ser campeões do mundo cinco anos depois. A semente nasceu na aridez da Fonte Nova e cresceu no Maracanã: Eu, particularmente, coloco no meu currículo como um dos maiores títulos da minha vida, diz Romário.
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