Foto: Rachid Waqued

A Fundação Carmem Prudente, mantenedora do Hospital do Câncer Dr. Alfredo Abrão, na Capital, recebeu do governo do Estado a garantia de R$ 9 milhões em recursos para as obras de construção das novas instalações do hospital. O dinheiro vai ser repassado em parcelas mensais de R$ 250 mil por um período de três anos.

O governador André Puccinelli se reuniu hoje (30) com a direção e funcionários da unidade hospitalar e da Fundação para formalizar o repasse dos primeiros R$ 750 mil, referentes às parcelas de janeiro, fevereiro e março de 2012.

O novo prédio está sendo construído ao lado das instalações atuais – entre as Ruas Marechal Rondon e Maracaju, próximo à Rua Calógeras. A etapa de fundação e do piso térreo já está pronta. Com os recursos assegurados pelo Estado, a obra terá andamento nos outros sete andares. O que foi executado até agora contou receita própria da instituição, auxiliada por uma rede de voluntários anônimos que fazem doações mensais dos mais diversos valores e assim ajudam no serviço prestado aos pacientes de câncer. Segundo a direção, atualmente existem entre 13 mil e 14 mil pessoas colaborando.

“Recebemos o pedido e estamos desde o dia 3 de janeiro trabalhando para vencer as etapas burocráticas. A Fundação e todos os que atuam com ela devem ser reverenciados pelo excelente trabalho que fazem. Nós temos obrigação de ajudar e participar”, afirmou o governador.

O diretor da Fundação Carmem Prudente, Blener Zan, agradeceu o apoio do governo, afirmando que essa sensibilidade vai prover o estado com um hospital moderno, capaz de promover pesquisa, prevenção e tratamento melhores.  “Não vai existir mais a necessidade de as pessoas viajarem para outros lugares. Teremos aqui um centro moderno para tratar todos os tipos de câncer”, destacou Zan. “Este gesto de apoio com certeza está oculto atrás de um grande amor pelo ser humano e amor pelo seu trabalho à frente do nosso Estado”, disse ele ao governador.

Ampliação de atendimentos

O Hospital do Câncer Dr. Alfredo Abrão conta com 40 leitos. No novo edifício, esse número será de 240. A quantidade de consultórios vai saltar de sete para 25. Entre os diversos procedimentos, o hospital realiza em média aproximadamente 70 mil consultas por ano (6 mil/mês) e  1.250 atendimentos quimioterápicos – somente em março, mais 67 novos pacientes iniciaram a quimioterapia.

O diretor-geral do hospital, Adalberto Siufi, explica que o novo espaço físico vai ampliar muito a capacidade geral de atendimento, com condições de absorver a real demanda. Serão instaladas dez salas de cirurgia e 12 leitos de CTI. A infraestrutura vai estar apta a oferecer diagnóstico precoce para qualquer tipo de câncer.

“Hoje já fazemos isso, mas ainda de uma maneira limitada. Com essa obra, o estado vai contar com um hospital modelo em termos de atendimento”, diz o médico.

A sede ampliada dará condições próprias para o atendimento multidisciplinar centralizado, como é necessário. Uma das novidades é que no subsolo, vai funcionar especificamente a unidade de diagnóstico por imagem (Raio X, tomografia, mamografia, ressonância, etc). Com a diversidade de serviços e procedimentos, os pacientes terão toda a assistência no próprio hospital, sem precisar se deslocar entre consultas e exames. “Vamos poder oferecer conforto para os pacientes, os familiares e os médicos que trabalham aqui”, completa o diretor.

Integrantes da Rede Feminina de Combate ao Câncer, também ligada à Fundação Carmem Prudente, acompanharam o anúncio do repasse dos recursos. Conforme a presidente da instituição, Rosângela Ferreira Monteiro, a expectativa é de ver mais pessoas sendo atendidas e mais qualidade de vida com a melhoria nos serviços prestados. O abrigo da Rede na Capital acolhe permanentemente 20 pacientes, que ficam alguns ou muitos dias na cidade para tratamento. Na casa – convenientemente localizada na “Rua da Perseverança”, no bairro Amambaí – as mulheres recebem apoio integral - refeições, cuidados com as roupas, medicamentos, e o transporte para exames e tratamentos.

Quando as novas instalações do Hospital estiverem prontas, o prédio atual não vai ser desativado. De acordo com o diretor Adalberto Siufi, a intenção é instalar ali uma unidade específica para pacientes terminais.