(Foto: Marco Miatelo)

‘Mais importante para nós é o esforço de melhorar. Nós temos aqui uma boa avaliação e estamos acompanhando cada projeto, cada rede prioritária e atenção básica dos estados e dos municípios e em especial em Mato Grosso do Sul’, disse o secretário de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães em relação ao Índice de Desempenho do SUS (IDSUS 2012) que avalia a qualidade dos serviços de saúde no país. No ranking, entre as unidades federativas, Mato Grosso do Sul conquistou a 8ª posição com pontuação de 5,64.  

O secretário participou ontem (02) do 2º Congresso de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul, promovido pelo Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Estado (Cosems/MS). O evento contou com  presença de gestores municipais de saúde e da secretária de Estado de Saúde, Beatriz Dobashi. Conforme Helvécio Magalhães, o objetivo do Ministério da Saúde é exatamente a proposta do tema do encontro – o fortalecimento do SUS. ‘O SUS está buscando a integralidade. Queremos avaliar a qualidade e melhoria da atenção básica da saúde valorizando quem está propondo essa mudança’, afirmou.

Conforme Helvécio Magalhães, o Ministério da Saúde quer traçar parâmetros para aplicar recursos e organizar o sistema de saúde. Neste sentido, o governo federal lançou o Idesus para avaliar a oferta e qualidade dos serviços. ‘O importante não é a classificação, mas fazer a primeira avaliação de desempenho do SUS em cada município e em cada estado. O importante é a evolução disso, a próxima medida pra gente avaliar quem cresceu, quem melhorou e cuidar de quem está com dificuldade. É um conjunto entre União, municípios e Estados’, explicou.

Qualidade no SUS

O IDSUS avaliou entre 2008 e 2010 os diferentes níveis de atenção (básica, especializada ambulatorial e hospitalar e de urgência e emergência), verificando como está a infraestrutura de saúde para atender as pessoas e se os serviços ofertados têm capacidade de dar as melhores respostas aos problemas de saúde da população.

Para a secretária de Estado de Saúde, Beatriz Dobashi a boa avaliação do Ministério da Saúde foi recebida com satisfação principalmente pelo sistema ser universal num país com diversidade.  ’De uma maneira geral todos nós gestores da saúde recebemos com muita satisfação o resultado dos indicadores de desempenho do SUS. Não é um indicador que mede a prefeitura, governo do Estado, a União, mas que mede o SUS naquele território. É um resultado muito animador e desafiador porque nos remete a novas estratégias e ações no sentido de melhorar’, comentou.

O Ministério da Saúde anunciou que a partir de agora aqueles municípios que tiverem um desempenho bom no IDSUS vão ser premiados de alguma forma. ‘A gente imagina que sejam novos recursos e oportunidades de treinamento. Aqueles municípios do Estado que tiverem dificuldade devem ser vistos com mais atenção, mais oportunidades e investimentos, porque o que queremos é que todos cresçam igualmente’, ressaltou.

De acordo com Beatriz Dobashi, o SUS tem muitos desafios, no que se refere à atenção básica com aumento da cobertura, principalmente na ampliação da adesão dos médicos e sua formação com perfil de atuação em equipe. ‘Temos também gargalos importantes como na atenção e consulta especializada. Já na atenção hospitalar precisamos rever o papel de cada hospital no seu território e que tipo de atenção que ele vai dar ou como atua em rede na atenção básica’, explicou.

Em Mato Grosso do Sul, como salienta Dobashi, uma experiência que deu certo está servindo de exemplo no país. ‘A partir de 2010 fizemos uma revisão no diagnóstico de cada uma das 11 microrregiões de saúde e a partir disso estamos fazendo um plano diretor de atenção à saúde em cada região. Nesse plano há um compromisso do Estado, dos municípios e da União com financiamento, treinamento, melhoria na infraestrutura no sentido de enfrentar todos os problemas que temos no nosso SUS’, lembra.  

A secretária de saúde do Estado informou que no encontro que segue até hoje (03), o objetivo é discutir pontos estratégicos da organização do SUS e elaborar uma carta de Mato Grosso do Sul que vai ser levada para outros eventos. ‘Já temos eventos neste mês em Aracaju e no mês de junho em Maceió. Vai servir de agenda ou de pauta para todos os secretários municipais no sentido de acatar sugestões, promover parcerias com melhorias no sistema de saúde’, finalizou.