Estudo da WWF aponta ameaças ao Pantanal
Estado - Ecologia e Meio Ambiente - Pantanal Ameaçado por Degradação
Imagem: Sérgio Amaral/ WFF-Brasil
Análise feita por pesquisadores de quatro países aponta que o Pantanal corre risco por conta do desmatamento, da construção de hidrelétricas e do crescimento urbano
A maior planície alagável do planeta, o Pantanal, está ameaçada pela degradação de nascentes e barramento de rios que correm do Cerrado para lá.
Metade da bacia pantaneira está sob médio e alto risco e 14% dela precisam ser protegidos com urgência, já que são áreas que mais fornecem água à planície e as que mantêm os ciclos de cheias e vazantes do Pantanal.
O alerta foi evidenciado pelo estudo Análise de Risco Ecológico da Bacia do Rio Paraguai, feito pela WWF-Brasil*, em parceria com a The Nature Conservancy* e o Centro de Pesquisas do Pantanal*.
O estudo avalia dados coletados durante três anos por 30 especialistas do Brasil, Paraguai, da Bolívia e da Argentina.
Os pesquisadores identificaram as três maiores ameaças a bacia do Rio Paraguai e que, consequentemente, colocam o frágil equilíbrio do bioma Pantanal em risco:
- o desmatamento e o manejo inadequado de terras para a agropecuária, que causa erosões e sedimentação de rios;
- a construção de hidrelétricas, que alteram o regime hídrico natural da região, e
- o crescimento urbano e populacional, que exige obras de infraestrutura, como rodovias, portos e hidrovias.
Segundo a análise, apenas 11% da bacia está protegida de alguma forma e 5% sob proteção integral em parques nacionais, estaduais ou em estações ecológicas.
No entanto, as áreas mais protegidas não são as melhores fornecedoras de água nem as mais ricas em biodiversidade.
Para impedir que essa situação se agrave, os pesquisadores fizeram recomendações que reverteriam modelos insustentáveis de desenvolvimento que os quatro países adotaram.
Uma ação importante seria a criação de mais áreas protegidas, tanto públicas quanto privadas, especialmente em regiões de cabeceiras de rios.
Ainda seria necessário, segundo o estudo, desenvolver uma agenda de adaptação da bacia às mudanças climáticas.
Quanto à pecuária extensiva praticada na região, os especialistas apontam como soluções:
- maior apoio técnico e econômico aos produtores, para a introdução de práticas que visam conservação da água e do solo;
- manejo e recuperação de pastagens e
- integração com a lavoura.
Em relação às hidrelétricas, recomenda-se implantar esquemas de operação que mantenham os ciclos de cheias e vazantes semelhantes aos que ocorrem naturalmente.
As barragens que ainda estão em planejamento devem avaliar os impactos nos rios e na bacia, dando preferência a áreas que poderão arcar com os custos ambientais sem prejudicar o Pantanal.
Análise de Risco Ecológico da Bacia do Rio Paraguai lembra que preservar o Pantanal não significa, apenas, proteger as inúmeras espécies de animais e plantas do local.
Mais de oito milhões de pessoas dependem do equilíbrio ambiental da região, bem como economias de 30 milhões de cabeças de gado e quase sete milhões de hectares plantados.
*WWF-Brasil
*The Nature Conservancy
*Centro de Pesquisas do Pantanal
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