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Com um volume de exportações 36,7% maior, de 2010 para 2011, a indústria de Mato Grosso do Sul aumentou no ano passado em 7,55% o número de pessoas empregadas no setor. O número de postos aumentou de 113,3 mil para 121,9 mil.

A exportação contribuiu para esse crescimento, com um salto de US$ 2,1 bilhões para R$ 2,87 bilhões, segundo dados da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), divulgados nesta quarta-feira, durante apresentação do desempenho industrial em evento realizado em Três Lagoas.

Conforme a Federação, o setor de carne, entre bovina, suína, ovinocaprina, aves e peixes, lidera a alta com US$ 799 milhões. Em segundo lugar aparece o mercado de açúcar e álcool com US$ 686,91 milhões, seguido da extrativa, mineral e minérios metálicos, com US$ 593,33 milhões.

Onde está o emprego-Os setores de produtos alimentícios e de bebidas puxaram a melhora do desempenho nas vagas de trabalho com 37.477, seguido da construção civil com 30.992 e indústria química, produtos farmacêuticos, veterinários e álcool etílico com 14.043. A expectativa é de que este número cresça 7,85%, chegando a 130.571 em 2012.

A quantidade de indústrias apresentou acréscimo de 3,83% no mesmo período, saltando de 9.560 para 9.884. O faturamento em 2011 foi de 15,3 bilhões. Em 2012 a expectativa é de que este faturamento cresça 7,84%, chegando a R$ 16,5 bilhões, com 10.477 indústrias instaladas. Os dados divulgados pela Fiems têm como base a RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) 2010 e Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) 2011.

PIB – Segundo a Fiems, o PIB (Produto Interno Bruto) industrial de 2011 foi de 7,03 bilhões. Campo Grande lidera com RS 1,8 bilhões. Três Lagoas aparece em segundo com R$ 791 milhões, seguido de Dourados com R$ 468 milhões, Naviraí com R$ 180 milhões e Nova Andradina com R$ 144 milhões. Com base neste PIB, a taxa nominal de crescimento foi de 10,86%.

O presidente da Fiems, Sérgio Longen, destacou que os números revelam um crescimento do município de Três Lagoas, que ultrapassou Dourados e se consagrou como o maior município em distribuição industrial. Sérgio lembra que o crescimento da indústria nacional foi pequeno, mas o Estado tem crescido em ‘ritmo chinês’.

Entre os gargalos apontados por Longen para o crescimento da indústria está a logística, custo de energia elétrica e necessidade da manutenção de incentivos fiscais. O presidente da Fiems alerta que os incentivos do bio vestuário terminam em 2018 e precisam ser revalidados para que as empresas tenham condições de planejar os investimentos a longo prazo.

O diretor da Fiems, Jaime Verruck, lembra que o número de exportações do Estado mostra a diversificação da economia, que exporta carne, açúcar, álcool, minerais e celulose. Ele ressalta que a carne ainda lidera as exportações, mas a taxa de crescimento é inferior a do açúcar e celulose. ‘O minério teve uma crise em 2008, mas retornou forte’.

Segundo Longen, as áreas de maior interesse para instalação de indústrias no Estado são nos municípios de Aparecida do Tabuado e Paranaíba. Atualmente, as cidades que formam a base da indústria no Estado são Campo Grande e Corumbá. A Fiems está ampliando os investimentos em Corumbá, Bonito, Rio Verde, Campo Grande, Dourados, Ivinhema, Naviraí, Três Lagoas e Aparecida do Taboado.