Múltis enviaram US$ 38 bi para as suas matrizes em 2011
Brasil - Negócios - Remessa de Lucros de Empresas Estrangeiras
Imagem: correaneto.com.br
Trata-se de um incremento de 25% em relação a 2010.
Em um ano marcado pela crise financeira internacional, a remessa de lucros de empresas estrangeiras instaladas no Brasil para o exterior quebrou todos os recordes e foi a maior em 64 anos.
As filiais das multinacionais remeteram US$ 38,1 bilhões para suas matrizes, 25% a mais que no ano anterior.
Essa despesa corresponde à maior parte do déficit das contas externas do país (que correspondem a nossas transações com o resto do mundo), que fecharam o ano passado no vermelho em US$ 52,6 bilhões.
A expectativa é que essas remessas cresçam ainda mais neste ano e que o investimento estrangeiro — que vem cobrindo esse rombo há quatro anos seguidos — não tenha mais tanta força.
— É razoável as remessas de lucro crescerem, porque estamos falando de uma economia que cresce mais do que o resto do mundo — disse a economista-chefe do Banco RBS, Zeina Latif.
Esse crescimento descolado da maior parte do mundo faz com que o país importe mais não apenas produtos finais como também matérias-primas, e ainda gaste mais em seguros e serviços como frete para as exportações.
Nunca o Brasil gastou tanto com aluguel de equipamentos, por exemplo. O setor de mineração foi o grande responsável nessa categoria em particular.
BC: remessa de US$ 39,6 bi em 2012
Para Johnny Kneese, economista da corretora Levycam, 2011 foi o ano do socorro de companhias europeias por suas filiais brasileiras.
Esse movimento diminuiu nos últimos dias do ano, porque as empresas resolveram segurar mais os recursos no Brasil — campeão mundial de juros — para melhorar seus rendimentos e, consequentemente, o balanço da empresa. Mas se o dólar cair mais, a tendência é a remessa de lucro continuar crescendo.
Para 2012, a previsão do BC é que as remessas ao exterior alcancem US$ 39,6 bilhões.
Ao contrário do que dizem os economistas do mercado financeiro, para o BC as remessas para socorrer empresas em crise foram eventos isolados.
— As remessas em função de crise, para enviar liquidez para matrizes, foram pontuais. As remessas tiveram o comportamento esperado.
Não houve surpresa — afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel.
No entanto, no fim de 2010, previa-se que as empresas instaladas no país remetessem apenas US$ 33 bilhões para o exterior.
Maciel alegou que são comuns essas remessas, por causa dos investimentos recordes que chegam ao país e — um dia — precisam retornar aos países de origem.
Investimento direto deve cair este ano
Pelo quarto ano seguido, foram esses investimentos estrangeiros que cobriram o rombo das contas externas.
Elas fecharam no vermelho devido ao aumento da importação; aos gastos com serviços, como frete; ao pagamento de juros e remessa de lucros; além da despesa recorde de turistas brasileiros no exterior.
Os investimentos superaram as expectativas do governo e chegaram a US$ 66,6 bilhões.
Para o governo, esse é o melhor jeito de financiar o resultado negativo, porque é um dinheiro de qualidade que entra para aumentar a capacidade produtiva do país.
Entretanto, isso não deve se repetir neste ano.
As projeções do BC indicam investimentos de US$ 50 bilhões, volume inferior ao do déficit em transações correntes, projetado em US$ 65 bilhões.
Gabriela Valente/O Globo/DF
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