Segunda-Feira 17/06/2024 12:29

Três Lagoas - Capital mundial da celulose - Matéria da Revista Época

Desenvolvimento - Metrópole Global da Celulose

Bem-vindo a cidade de Três Lagoas.

Saiba por que de tradicional capital do gado esse município de Mato Grosso do Sul tornou-se o destino prioritário de investimentos bilionários da indústria de celulose.

É também um caso emblemático para entender a transformação desse setor no Brasil e no mundo


Sábado, 11 horas da manhã.

O sol quente em pleno fim de inverno só aumenta o desconforto dos motoristas que tentam, em vão, achar uma boa vaga para estacionar.

No centro da cidade de Três Lagoas, interior de Mato Grosso do Sul, o comércio ferve.

É o melhor dia para as vendas, segundo os comerciantes que já não fecham mais as lojas ao meio-dia.

Dono de uma empresa de transporte executivo, José Luiz Esteque não pode reclamar do trânsito.

O aumento de 50% dos veículos nas ruas reflete o crescimento da cidade e do próprio faturamento.

Os negócios geram mais de R$ 150 mil por mês para esse paulista que, há 22 anos, mudou-se de Adamantina para participar do plantio da primeira floresta de eucaliptos da antiga Champion, onde trabalhava.

A empresa, que nos anos 90 foi incorporada à International Paper, planejava, na década anterior, instalar uma fábrica de celulose na cidade, localizada na divisa com o estado de São Paulo e cortada pela ferrovia Novoeste.

Por anos, Esteque entrou na floresta para guiar grupos de executivos estrangeiros e técnicos da empresa, que questionavam se aquele pedaço de terra tinha condições de receber uma indústria.

A resposta positiva chegou depois de quase duas décadas e de uma série de mudanças.

Em 2007, as fábricas começaram a ser construídas, fruto de um acordo entre a brasileira Fibria, maior fabricante de celulose do mundo, e a subsidiária da americana International Paper.

Hoje, a cidade produz 1,3 milhão de toneladas de celulose por ano, sendo a maior parte exportada pela Fibria e o restante fornecido diretamente para a vizinha International Paper, de onde saem 200 mil toneladas por ano de papel para imprimir e escrever.

A parceria entre as duas empresas cumpriu a promessa dada à cidade nos anos 80 e inseriu Mato Grosso do Sul na geografia do setor.

De capital brasileira do gado, a cidade está se transformando na metrópole global da celulose.

Com os novos projetos da Fibria e da estreante Eldorado Brasil, o município vai produzir mais de 4,3 milhões de toneladas de celulose por ano a partir de 2014.

É a maior produção individual de uma cidade no mundo.

Para merecer o novo título, Três Lagoas vai receber do setor mais R$ 10,6 bilhões em investimentos diretos.

É uma verdadeira revolução industrial em um município historicamente sustentado pela pecuária e pelo funcionalismo público da extinta Rede Ferroviária Federal.

Mas por que essa indústria decidiu se fixar em uma cidade sem nenhuma cultura industrial, nem mão de obra especializada em celulose e papel?

A floresta, que começou a ser plantada pela Champion, fornece uma pista.

As árvores já estavam prontas para ser derrubadas e tinham a qualidade técnica necessária para produzir a commodity.

Outra razão é a fartura de terras ainda baratas e adequadas para o plantio do eucalipto no nordeste de Mato Grosso do Sul.

Por ser baseada em matéria-prima agrícola, essa atividade demanda centenas de milhares de hectares agriculturáveis.

Para produzir 1,3 milhão de toneladas de celulose por ano, a Fibria precisa de 125 mil hectares de eucalipto. Quanto menor a distância entre essas propriedades rurais e a fábrica, menor será o custo da operação.

No caso da Fibria, a floresta mais distante da fábrica está a apenas 120 quilômetros por rodovia.

A população não tornou o impacto ambiental um assunto prioritário

Outra questão importante diz respeito à possibilidade de ampliar a capacidade produtiva.

No projeto de Três Lagoas, os engenheiros da Fibria planejaram construir a maior linha de produção do mundo à época (1,3 milhão de toneladas por ano), tendo em vista a implantação de uma segunda linha (1,5 milhão de toneladas por ano).

O mesmo está acontecendo na Eldorado Brasil, do grupo JBS.

A equipe de engenharia já tem em vista pelo menos mais uma unidade vizinha à primeira.

Carlos Aguiar, presidente da Fibria, afirma que a principal razão para investir em Mato Grosso do Sul foi realmente a disponibilidade de áreas para floresta suficientes para abastecer mais de uma unidade.

Quando opta por uma região onde ainda não possui fábrica, o investidor confronta-se com questões como tratamento de efluentes, abastecimento de energia, destinação de resíduos sólidos, tráfego dos caminhões, mão de obra capacitada, fornecedores especializados, prestadores de serviços habilitados. “O retorno de uma fábrica brownfield [projeto elaborado em um lugar onde já há estrutura industrial] é muito maior do que o de um projeto greenfield. Por isso, não faz sentido ir para um lugar para construir apenas uma linha de produção”, diz Aguiar.

A vocação logística da região também pesou fortemente para cimentar os investimentos bilionários.

O escoamento da produção pode ser feito por rodovia, ferrovia ou pela hidrovia Paraná-Tietê, que fica à margem da cidade.

A ferrovia, que corta o centro do município, é a opção mais comum para os exportadores.

De Três Lagoas ao porto de Santos, os comboios ferroviários, administrados pela ALL, levam cerca de cinco dias. Renato Ottoni, gerente industrial da Fibria em Três Lagoas, aguarda, já no próximo ano, a inauguração de um ramal ferroviário e do novo traçado da linha férrea, que passará a contornar o município. “Com o ramal, o trem entrará dentro da empresa”, diz Ottoni.

O acesso a Três Lagoas também pode ser feito por estradas federais e estaduais asfaltadas, algumas delas duplicadas.

A maior carência, porém, está no transporte de passageiros.

Para chegar à cidade, é preciso voar até Campo Grande, distante 340 quilômetros, ou para aeroportos no estado de São Paulo, como o de Araçatuba e São José do Rio Preto, que ficam a 150 e 270 quilômetros, respectivamente. A pista do futuro aeroporto, com 2 quilômetros de comprimento, já está concluída. Mas ainda falta infraestrutura para receber os viajantes e a instrumentação. Segundo a previsão de Márcia Moura, prefeita de Três Lagoas, a inauguração deve ocorrer no ano que vem.

Mesmo sem aeroporto, o trunfo logístico de Três Lagoas pode ser considerado imbatível.

Tanto é assim que o número de indústrias cresceu 40% entre 2006 e 2009, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul.

Novas companhias planejam investir na região.

Neste ano, a Petrobras anunciou a instalação de uma fábrica de fertilizantes ao lado do gasoduto Brasil-Bolívia, que passa pelo município, num projeto estimado em mais de US$ 2 bilhões.

E a Votorantim Siderurgia e o empresário Alexandre Grendene Bartelle estão investindo R$ 180 milhões na construção de uma siderúrgica na mesma área.

Boom econômico

Tanto investimento aportando em tão pouco tempo tem afetado toda a população de Três Lagoas, inclusive quem não ganhou um dos milhares de empregos que provocaram o crescimento de quase 40% do mercado de trabalho formal, nem se beneficiou do aumento de US$ 12,5 milhões para US$ 347 milhões nas exportações entre 2006 e 2009.

Meire Paula da Silva, dona de um salão no centro da cidade, percebeu o aquecimento da economia de forma indireta. “As pessoas que chegaram à cidade frequentam mais restaurantes e lanchonetes. E com o garçom trabalhando mais, a mulher dele pode vir mais ao salão. Com isso, acabo ganhando”, diz Meire, que hoje contrata nove profissionais.

O efeito dominó pode ser comprovado nas estatísticas.

A massa salarial no município praticamente dobrou de tamanho, e o salário médio pulou de R$ 841 para R$ 1.138 entre 2006 e 2009.

O resultado disso é mais consumo, expansão do horário das lojas - que tradicionalmente funcionavam das 7h às 17h e fechavam ao meio-dia - e até uma mudança no perfil do consumidor.

Joaquim Romero, presidente da associação comercial e sócio da rede local Nova Estrela de supermercados, percebeu um aumento nas vendas de açúcar refinado, preterido pelos três-lagoenses, como também de alimentos congelados.

O crescimento econômico, porém, ainda não esquentou o turismo e o lazer na cidade.

Apenas metade das ruas é pavimentada, não há shopping center nem um grande complexo de lazer.

Atualmente, os lojistas do coração comercial da cidade estudam a criação de um shopping a céu aberto, a exemplo do que foi feito na rua João Cachoeira, na capital de São Paulo.


Estima-se que a população de Três Lagoas aumentou cerca de 25% nos últimos cinco anos.

Como outras cidades que crescem em curto prazo, não faltam mazelas.

O aumento da violência é uma delas.

O número de roubos praticamente triplicou, e o de homicídios subiu cerca de 30% entre 2006 e 2009. Para o comandante da Polícia Militar em Três Lagoas, major Wilson Monari, são índices normais para uma cidade de 100 mil habitantes. “Mas quem é daqui se assusta”, diz Monari.

Para enfrentar a nova dinâmica, o efetivo da Polícia Militar terá crescido 40% até o final de 2010.

Alguns policiais militares também receberam treinamentos específicos, como aprender a lidar com greves, algo que a cidade experimentou pela primeira vez durante a obra da Fibria e da International Paper entre 2007 e 2009, quando havia 12 mil trabalhadores temporários.

Revolução cultural

Paralelamente à metamorfose econômica, Três Lagoas vive uma espécie de revolução cultural, a começar pelos horários e pela rotina de trabalho.

Em razão da atividade rural, um dos hábitos na cidade sempre foi acordar por volta das 5h ou 6h e dormir pouco depois do anoitecer. “Imagina explicar para a população que um dos turnos de trabalho [na Fibria, que funciona 24 horas por dia] começa às 10 horas da noite”, afirma Marco Garcia de Souza, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico.

A maior parte dos estabelecimentos comerciais e repartições públicas ainda abre às 7h.

O choque cultural faz alguns moradores questionarem se a onda de investimentos não representa uma espécie de colonização, com a imposição de novos valores, ritmo de trabalho e horários. “Para aproveitar as oportunidades, as pessoas precisam querer”, afirma a prefeita, Márcia, professora de Letras licenciada da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. “Nosso trabalho tem sido mostrar a importância de buscar algo melhor.”

Algumas pessoas, porém, não têm interesse em mudar. Aos 84 anos e com uma loja ao lado da Casas Bahia, o comerciante Jamil Zaguir já planeja vender o bazar que seu pai abriu em 1913, antes mesmo da fundação da cidade.

Não faz parte de seus planos participar do projeto do shopping a céu aberto e modernizar o negócio, que ainda funciona no sistema de balcão.

Hoje, o rendimento dos imóveis alugados é suficiente para ele e a família viverem.

A irmã Amélia, que também trabalhava no bazar, concorda. Com o aumento da concorrência no comércio e a inflação de até cinco vezes dos preços no mercado imobiliário, é mais lógico apostar nesse tipo de renda.

Apesar de acompanhar atentamente os investimentos da indústria de celulose, a população de Três Lagoas não fez do impacto ambiental um assunto prioritário, como ocorreu recentemente no Rio Grande do Sul, onde existem projetos da Fibria, da sueco-finlandesa Stora Enso e da chilena CMPC.

Historicamente criticada, a plantação de eucalipto chega a ser chamada de deserto verde por alguns ambientalistas. “A floresta de eucalipto é uma lavoura extensiva como outra qualquer. Por ser uma monocultura, como é a soja e o milho, a região perde em biodiversidade”, afirma Ludwig Buckup, biólogo, ecólogo e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Para André Siqueira, diretor da ONG ambientalista Ecoa, situada em Campo Grande, um dos motivos para a sociedade não ter se comovido foi o desconhecimento dos impactos somado à geração recordista de empregos.

Há também outro fato importante: o governo estadual é o maior patrocinador do ingresso de indústrias de base florestal.

Além de oferecer incentivos fiscais juntamente com os governos municipais, Mato Grosso do Sul simplificou o processo de licenciamento ambiental para a plantação de eucalipto.

A empresa só precisa apresentar um comunicado de plantio.

Mesmo criticada por especialistas em meio ambiente, a política sul-mato-grossense não chega perto do poder de destruição do modelo econômico dos anos 70.

Naquela época, o produtor rural era incentivado a derrubar mata nativa para ocupar o solo de forma produtiva. “Como isso aconteceu por duas décadas e de forma intensa, ficou na memória das pessoas. Mas agora, quando se fala em floresta plantada, fala-se em sustentabilidade”, afirma Celso Foelkel, especialista em ecoeficiência e diretor de relacionamento internacional da Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP).

A celulose virou o novo minério de ferro do mercado internacional

Com tudo isso, quem olha o gigantesco pátio de madeira da Fibria em Três Lagoas pode ficar com uma sensação de devastação.

Afinal, o lugar abriga 60 mil metros cúbicos de madeira distribuídos em grandes pilhas. Se fossem colocadas uma ao lado da outra, as toras ocupariam aproximadamente 1,5 mil campos de futebol. Mas o fato é que essas árvores são 100% produzidas com o propósito de ser derrubadas.

E para plantar eucalipto, os silvicultores são obrigados a seguir uma série de exigências federais. Devem conservar 20% da propriedade como reserva legal e preservar permanentemente de 10% a 30%.

As normas fazem parte do que os especialistas chamam de manejo florestal, que também inclui plantar de acordo com a topografia da região e projetar corredores para os animais circularem. “O manejo florestal evoluiu muito. A pecuária, que ocupa 20% do território brasileiro, é muito mais predatória que a floresta plantada, que ocupa 1%”, afirma Walfredo Schindler, diretor da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável e que trabalhou no BNDES nos anos 80, no financiamento de empresas de celulose.

Graças ao manejo sustentável e ao melhoramento genético das mudas de eucalipto, o Brasil conquistou a maior produtividade do mundo (leia o quadro).

A má fama que o setor construiu há mais de duas décadas também decorreu de incidentes na indústria.

O caso da Borregaard, no Rio Grande do Sul, foi um dos mais emblemáticos. Situada na cidade de Guaíba, ao lado da capital gaúcha, a fábrica usava um processo de fabricação de celulose que exalava um odor podre, atingindo cerca de 2,5 milhões de pessoas.

Além disso, o uso, na época, de cloro elementar para branquear a celulose passou a ser atacado por especialistas no Brasil e no mundo porque gerava resíduos cancerígenos - despejados na bacia hidrográfica.

O sistema implantado pela Fibria em Três Lagoas espelha o avanço das últimas décadas.

A fabricação da celulose é realizada em circuito fechado.

Ou seja, nenhum resíduo gasoso ou líquido sai da fábrica sem antes ser tratado.

Um dos contaminantes é o licor negro, um subproduto do cozimento do eucalipto no digestor, o coração da linha de produção.

Parecido com um foguete da Nasa, esse equipamento funciona como uma panela de pressão gigante, onde os pedaços de madeira são cozidos com produtos químicos em altíssima temperatura.

Antes desperdiçado como lixo, o licor negro é reprocessado para voltar como insumo no digestor e também reaproveitado como fonte de energia. “Essa fábrica gera toda a energia de que necessita”, afirma André Leonardo Leite, funcionário da Fibria.

Além disso, como determina a legislação, a empresa instalou uma estação de tratamento de esgoto.

Depois de tratado, o resíduo líquido é despejado no rio Paraná, cinco quilômetros acima de onde a Fibria se abastece de água.

O novo minério de ferro

Com tantos avanços, o Brasil virou a bola da vez no mercado global.

É fácil entender por quê.

Ao longo de anos de pesquisas no campo e na fábrica, o país tornou-se um fornecedor robusto, confiável, avançado tecnologicamente e com alto potencial para aumentar a oferta.

Com o menor custo de produção do planeta, vende um produto no estado da arte, como diz o mundo corporativo. “A celulose é o novo minério de ferro”, afirma Debbie Bobovnikova, analista do J.P. Morgan em Nova York. “Assim como o minério, a oferta de celulose não é vasta, especialmente na China. E onde existe, é de alto custo e baixa qualidade.”

De certa forma, a crise financeira mundial, que atingiu o setor globalmente, favoreceu a indústria brasileira.

A oscilação dos preços derrubou muitos fabricantes obsoletos e de alto custo no Hemisfério Norte, provocando uma redução na oferta.

Segundo a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), o estoque regular das papeleiras caiu de 62 para 35 dias, na crise.

Só esse fato serviu para as empresas acenderem o sinal amarelo, e procurarem no radar fornecedores confiáveis.

Encontraram os brasileiros.

Na arena internacional, nenhum outro país é tão competitivo quanto o Brasil, conforme avaliação da analista do J.P. Morgan.

Os tradicionais fabricantes do setor, como a América do Norte e a Escandinávia, contam com florestas de crescimento lento e fábricas com tecnologia defasada, na maioria dos casos.

Já a China decidiu tornar-se líder isolada na fabricação de papel, mesmo sendo um dos maiores produtores mundiais de celulose.

É lá que se encontram as maiores máquinas de papel do mundo. Algumas delas produzem, individualmente, 1 milhão de toneladas por ano.

É como se a cidade de Três Lagoas tivesse recebido simultaneamente cinco plantas iguais à que a International Paper começou a operar no ano passado.

Essa transformação do mercado internacional foi absorvida pelas empresas nacionais, que decidiram priorizar as exportações e investir - cerca de US$ 20 bilhões em projetos até 2020, segundo a Bracelpa.

Um exemplo é a Fibria, que reduz anualmente a participação do papel em seu faturamento.

Outro é a Suzano Papel e Celulose.

Até o ano passado, o papel respondia por 40% do volume de produção total da companhia.

Com as novas fábricas de celulose em implantação no Maranhão e no Piauí, entre outros projetos, esse percentual ficará em 15%.

Em termos financeiros, faz todo o sentido o acionista preterir o papel, de acordo com Felipe Ruppenthal, analista da corretora Geração Futuro: “A margem Ebitda [geração de dinheiro em caixa] com a celulose fica entre 40% e 50%. Com o papel, entre 30% e 40%”.

Além da questão financeira, o investimento em novas fábricas de papel esbarra em três questões de mercado.

Primeira: diferentemente da celulose, o papel tem consumidores geograficamente mais pulverizados, que exigem diferentes tipos de produto e em menores volumes.

Segunda: o consumo no Brasil cresce lentamente, pouco abaixo do PIB. E a terceira questão diz respeito à logística, que torna menos eficiente a exportação.

“Para investir na produção de papel, teríamos de esperar o consumo brasileiro crescer mais”, diz André Dorf, diretor da Suzano.

A direção da International Paper seguiu essa lógica e adiou a expansão em Três Lagoas.

De olho no futuro, algumas empresas de celulose passaram a se definir como corporações de base florestal.

Isso significa que atuarão também em mercados como o de energia renovável.

A Suzano anunciou um investimento de US$ 800 milhões na construção de três fábricas de pellets (biomassa com o dobro do poder calorífico da serragem).

A mesma estratégia será seguida pela Fibria. “No futuro, poderemos fornecer etanol de celulose, diesel de madeira e pellets. Ainda não são produtos economicamente viáveis”, afirma Carlos Aguiar.

Como se vê, a metamorfose de empresas brasileiras, assim como a industrialização de Três Lagoas, está apenas começando.

O Brasil não tem hoje um rival à altura no setor de celulose, diz o J.P. Morgan

Mais rápido, mais barato e melhor

É assim que produz a floresta brasileira. Não há páreo no mundo para a eficiência da silvicultura do Brasil

Não há país que supere a eficiência da silvicultura brasileira.

As florestas plantadas no país geram madeira de ótima qualidade para a indústria de celulose, com um custo até 50% menor e em um quinto do tempo ante a Finlândia, por exemplo, tradicional produtor de celulose e papel.

Enquanto o hectare plantado com bétula finlandesa produz 4 metros cúbicos de madeira, a mesma área plantada com eucalipto no Brasil produz 41 metros cúbicos.

Para chegar a esse nível de excelência, foram anos de pesquisa em melhoramento genético, em aproveitamento e cuidados com o solo, técnicas de plantio, colheita, irrigação. “O investimento em tecnologia florestal produziu uma floresta de alto rendimento”, afirma Carlos Farinha e Silva, vice-presidente da Pöyry Tecnologia, empresa de engenharia especializada no setor.

O clima adequado para a agricultura e a fartura de terras colocam o Brasil como líder isolado na produção de madeira.

Segundo levantamento do setor, cerca de 6,3 milhões de hectares são plantados com eucalipto, pinus e outras espécies.

O número é pequeno se comparado à lavoura de soja, que ocupa cerca de 50 milhões de hectares.

Ou seja, o potencial de crescimento é bem elevado.

 

3Lagoas.com.br/Época Negócios/DF

Três Lagoas, Capital do Gado, Metrópole Global da Celulose, novo minério de ferro

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