Inundações, facilita acesso e já valoriza imóveis na região Oeste da Capital
Ações Públicas - PAC Lagoa
Foto: Divulgação
O Complexo Buriti-Lagoa será entregue à população nos próximos dias, provavelmente no dia 15 de dezembro, mas as mudanças já são sentidas pela vizinhança. Quem mora perto aguarda ansioso pela liberação da avenida, que vai ligar a Duque de Caxias ao Anel Viário, na saída para Sidrolândia, próximo ao bairro Coophavila II, no chamado “PAC Lagoa”.
Nataly Marques, 17 anos, mora na mesma residência, no bairro Coophavila II, desde que nasceu e espera ansiosa pela inauguração. “Já demorou bastante. Espero há 17 anos. Eles asfaltaram no ano passado, pararam um pouco e agora parece que estão terminando. Aqui era horrível. Só mato. Uma chácara”.
Nataly conta que leva uma hora de ônibus e 30 minutos de carro para chegar até o centro da cidade e analisa que com a inauguração da avenida o acesso ficará muito mais rápido. Ela tem razão. O Campo Grande News percorreu toda a avenida, do Anel Viário, próximo a sua casa, até a Duque de Caxias, perto da Afonso Pena, e levou cerca de 10 minutos para fazer o trajeto. Antes, só era possível pelas ruas Marechal Deodoro ou avenida Ernesto Geisel, enfrentando diversos semáforos.
A jovem lembra ainda que a avenida vai valorizar muito a sua casa. Também destaca, entre outras coisas, o benefício do asfalto, desde o começo do ano, a iluminação da rua, que traz sensação de segurança e aumento do fluxo de pessoas, graças à utilização da ciclovia e das caminhadas no local.
A aposentada Adélia Iarrossi, 71 anos, mora no bairro Bonança há 25 anos e até o ano passado convivia com o problema das enchentes. “Tinha inundação todo ano. No ano passado só não entrou em casa porque a casa é alta. Mas, chegou até o meio-fio. Melhorou 100%. Era só mato. Perto do córrego tinha uma favela, que foi retirada para a construção da avenida”.
Neide Regina, 43 anos, concorda com a amiga. Antigamente, conta, passava pelo local e dizia que não compraria nunca uma casa na região, pois achava "muito feio". Entretanto, morando há seis meses na residência comprada por R$ 42 mil, ela nem pensa em vender. “De jeito nenhum. Quando era uma favela eu passava por aqui e não queria. Agora, um homem me ofereceu R$ 120 mil na casa. Em três meses ela vale três vezes mais”.
Neide é testemunha do olhar atento do governador André Puccinelli (PMDB) sobre a obra. “Todo fim de semana ele está aqui com o seu Uno vermelho. Ele vem sozinho. Desce aqui, olha tudo. Se não gosta de alguma coisa já fala na hora mesmo. Quinta-feira ele veio aqui para olhar como estava. Antes de terminar já está bonito. Imagina depois?”.
A auxiliar de serviços gerais Marcilene Paes Vieira, 29 anos, mora no bairro Bom Jardim há 11 anos e diz que não há como comparar o antes e depois da região.“Era feio demais. Horrível. Agora está bem arrumado. Quando chovia virava um barro só. Inundava tudo. Valorizou bastante”.
A mudança já reflete na grana extra que Marcilene fatura com o aluguel da pequena sala em frente a sua residência. Ela aluga o local há três anos e, até o ano retrasado, o valor era de R$ 100. Após um ano sem locatário, agora recebe R$ 200. “Tudo por causa da valorização. Para mim já rendeu”.
Flaome da Silva, 29 anos, é o locatário do estabelecimento. Ele revela que já trabalha com manutenção de celular há um ano e há dois meses alugou a sala de Marcilene com a expectativa melhorar o faturamento. “O pessoal vem fazer caminhada e a loja fica mais conhecida. Acho que vai melhorar bastante quando liberar toda a rua”.
A paisagista Angélica Cristiane Teodora Barbosa, 22 anos, comprou um terreno no bairro Oliveira I há quatro anos e está bastante satisfeita com as transformações ocorridas. Há quatro anos pagou R$ 10 mil no terreno e hoje ele está valendo R$ 60 mil. “Jogavam lixo no local era bem feio. Agora a ponte que era de madeira aqui na rua João Ribeiro Guimarães está com asfalto e liga ao bairro Caiçara. Sempre falaram que ia chegar. Demorou, mas agora está chegando a avenida. Antes aqui não tinha ninguém e hoje tem muitas pessoas pelo bairro tarde da noite”.
Satisfeita, a moradora comenta que para ficar melhor, a Prefeitura e o Governo deveriam investir em lazer. Ela acredita que se for verdade os comentários sobre a construção de um mirante próximo à nascente do Buriti, o local será ainda mais valorizado.
Insatisfação- Mesmo com tantos elogios, a obra não é uma unanimidade. Para a secretária Mirian Rockl a única coisa boa até o momento é o asfalto. A moradora reclama que comprou sua casa nos fundos do bairro Taveirópolis para ter paz e, agora, a avenida pode por fim a esse sossego.
“Estava feliz. Em paz no meu cantinho. Agora é muito movimento. Algumas pessoas consumindo droga. Eles estão escondendo drogas embaixo dos tapetes de grama que a prefeitura está colocando”.
Questionada sobre a valorização, a moradora diz que não comprou para vender e sim por causa do sossego. “Se soubesse que construiriam a avenida não era aqui que eu ficava. Há um ano estou aguentando este barulho das máquinas. Colocaram o asfalto, mas está tudo sujo. Não para nada limpo. Não gosto do movimento. Não tinha tráfego e hoje tem”.
A dona de casa Norma Pereira, 39 anos, entende que a rua valorizou o bairro, mas preferia que ficasse do jeito que estava antes. Segundo ela, o pai tinha uma chácara em comodato, onde plantava para se alimentar. Com a construção da avenida, ele perdeu a chácara, e a casa de Norma, afirma ela, ficou muito exposta. “Não tenho condições de fazer um muro, uma calçada. Ficamos expostos. Para mim, sinceramente, não melhorou. Há sete anos minha irmã pagou R$ 6 mil e agora vale R$ 80 mil. Acho que vai ser melhor ela vender. Não tenho como continuar aqui. Mas, não sei para onde vou, porque não tenho onde morar e fiquei em uma situação difícil”.
Etapa final- O prefeito Nelson Trad Filho(PMDB) e o governador André Puccinelli(PMDB) anunciaram como prováveis datas da inauguração os dias 12 ou 15 de dezembro, com expectativa de que a presidenta Dilma Rousseff (PMDB) participe da solenidade.
Campo Grande News/ RM
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