Rede de pesquisa busca manejo para controle do mofo branco em soja
Estado - Ciência e Tecnologia - Ensaios de Avaliação de Controle Biológico
Imagem: Embrapa
O mofo branco, doença causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, ocorre em aproximadamente 2,7 milhões de hectares da área de cultivo de soja no Brasil, causando perdas que podem chegar a cerca de 40%.
A doença tem maior relevância nas regiões altas dos cerrados (Goiás, Bahia, Minas, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso), mas também foi identificada no sul do País.
O fungo pode infectar qualquer parte da planta de soja, promovendo manchas aquosas e castanho-clara.
Ao infectar a planta, o fungo desenvolve uma massa negra e rígida na superfície ou no interior da haste e das vagens infectadas, denominada escleródio, que é sua estrutura de sobrevivência. “A doença é de difícil erradicação devido à sua ampla gama de hospedeiros e à longa permanência do fungo no solo”, explica o pesquisador Maurício Meyer, da Embrapa Soja.
Há três anos, a Embrapa Soja vem coordenando um projeto que organizou uma rede de pesquisa para avaliar a eficiência de fungicidas ao mofo branco.
Na safra passada, a rede formada por 15 instituições de pesquisa montou 12 ensaios distribuídos em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, regiões afetadas pela doença.
A rede avaliou 10 tratamentos com fungicidas, sendo a maioria dos produtos ainda sem registro comercial.
Os resultados subsidiaram o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) a autorizar o registro de alguns produtos. “Em 2011, foram registrados alguns produtos comerciais do princípio ativo fluazinam e da procimidona que mostraram boa eficiência de controle nos ensaios realizados pela rede”, diz Meyer.
Além de testes para avaliar a eficiência de controles químicos, a rede está realizando ensaios de avaliação de controle biológico. “Testamos os produtos com formulações a base de Trichoderma (fungo que se desenvolve na matéria orgânica do solo e consegue eliminar as estruturas de resistência do mofo branco)”, afirma o pesquisador.
Segundo ele, as formulações de controle biológico podem contribuir com cerca de 40% de eficiência, por isso são boas opções para compor uma estratégia de manejo. “Precisamos também incluir nesta estratégia de manejo a rotação/sucessão com culturas não hospedeiras; a formação com cobertura com palhada; a atenção à qualidade das sementes e o tratamento das sementes com fungicidas apropriados; a utilização de cultivares com arquitetura de planta mais ereta (para facilitar a aplicação de fungicida e aeração entre plantas) e cuidados com limpeza de máquinas para evitar a disseminação do fungo”, explica.
Embrapa Soja/Lebna Landgraf/DF
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