Cresce número de pretos e pardos em MS, enquanto de brancos diminui
Estado - Social - Censo
(Foto: Divulgação)
De 2000 para 2010, Mato Grosso do Sul foi o terceiro estado brasileiro com maior queda no número de pessoas que se declaram brancas nos levantamentos populacionais feitos pelo IBGE, de 7,4%. Com isso, automaticamente, aumentou o percentual de pardos e de pretos.
Em Mato Grosso do Sul, no ano 2000, 54,7% da população se declarava branca, 38% diziam ser pardos e havia apenas 3,4% de negros, somando 41,4% de pardos e pretos. Em 2010, o percentual de brancos declarados caiu para 47,3%, o de pretos aumentou para 4,9% e o de pardos aumentou para 43,6%, o que leva à soma de 48,5%.
Apesar dessa mudança, Mato Grosso do Sul segue entre entre os cinco estados brasileiros onde pardos e pretos não formam mais da metade da população.
“No ano de 2010, em 22 das 27 unidades da Federação a população preta e parda era igual ou superior à metade do contingente populacional total. Ou seja, os pretos e pardos formaram o contingente majoritário na maioria dos estados brasileiros com exceção de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul”, diz trecho do “Mapa da População Preta & Parda no Brasil segundo os Indicadores do Censo de 2010”, divulgado.
O estudo foi realizado pelo Laeser (Laboratório de Análises Econômicas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais), UFRJ (da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Mudança -Segundo os dados, O número de municípios onde os domicílios tinham maioria de pretos e pardos aumentou 7,6 pontos percentuais, entre 2000 e 2010, ao passar de 49,2% para 56,8%. .
Em 1.021 cidades (18,3% do total), pretos e pardos eram mais de 75% da população.
O percentual de pessoas que se declararam pretas passou de 6,2% para 7,6% em uma década. O aumento foi maior entre as que se declararam pardas, de 38,5% para 43,1% no mesmo período. Em 2010, aproximadamente 91 milhões de pessoas se classificaram como brancas, 15 milhões como pretas, 82 milhões como pardas, 2 milhões como amarelas e 817 mil como indígenas.
Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador da pesquisa, Marcelo Paixão, disseque os indicadores com base no Censo 2010 foram influenciados pelo processo de valorização da presença afrodescendente na sociedade brasileira e pela adoção das políticas afirmativas.
“Esses dados demonstram não só uma mudança demográfica, mas também política, social e cultural, porque expressa uma nova forma de visibilidade da população negra brasileira ao estimular que as pessoas assumam sua cor de pele de uma maneira mais aberta.”
Desde 2010, o censo, elaborado pelo IBGE a cada década, traz a pergunta sobre cor ou raça para todos os domicílios e não mais por amostra, como era feito anteriormente.
Marcelo Paixão diz que a comparação dessa informação com dados futuros do IBGE, como a Pnad (esquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do ano que vem e o Censo de 2020, será muito útil para traçar um perfil mais fiel da população.
“O interessante para 2020 é verificar se esse percentual da população preta e parda no Brasil vai continuar aumentando. Porque é claro que tem também uma população que não é negra. O ideal é que as bases de dados expressem melhor o perfil da população brasileira, que corresponda à realidade”, avalia o economista.
Campo Grande News/ V.H.
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