Foto: Divulgação
A falta d’água e de alimento nas aldeias sul-mato-grossenses é crônica. Em Dourados, é comum as bombas dos reservatórios queimaram, obrigando milhares de indígenas procurar córregos para matar a sede. Outro agravo é a entrega da cesta básica, que chega com atraso. Esses problemas foram sanados na semana passada nas aldeias Jaguapiru e Bororó, em Dourados. O problema é que sempre se repete.
O Douradosagora esteve na aldeia Tey Cuê, em Caarapó, e constatou que os indígenas também amargam o mesmo problema. A reclamação por falta de benfeitorias é grande, não se resume a água e alimentos, essenciais para a vida humana. Faltam médicos nos postos de saúde da aldeia, bem como medicamentos. A aldeia Tey Cuê tem aproximadamente 5.400 indígenas em um território de 3.600 hectares.
Alécio Soares Martins é professor indígena. Segundo ele, a bomba d’água estragou há 20 dias e durante esse tempo nada foi feito. “O pessoal veio aqui e mexeu na bomba mas água que bom até agora nada”, disse ele. A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) é responsável pela saúde indígena, bem como pela manutenção da rede de água.
Na escola onde o professor leciona a água é racionada. Está restrita somente para as crianças e na preparação da merenda. “Porém está quase acabando. Sorte nossa que o reservatório é de grande capacidade”, ressaltou. A comunidade escolar se reuniu ontem em frente a escola para protestar contra a falta d’água.
AlternativaComo alternativa, os indígenas recorrem aos córregos da aldeia para matar a sede, tomar banho e realizar afazeres domésticos, como lavar roupas e louças. O consumo da água já está provocando diarréia nas crianças. Sirlene Veron, 24 anos, diz que seus dois filhos apresentaram problemas de saúde devido a água suja. “Sem alternativa tomamos água com gosto de argila. A minha filha mais nova está inclusive com Hepatite A”, disse ela, ressaltando que a doença foi diagnosticada esta semana. A Hepatite A é uma doença aguda do fígado, causada por vírus. A transmissão é feita por alimentos mal-preparados e água contaminada.
O coordenador da Sesai em Mato Grosso do Sul, Nelson Olazar, disse que está ciente do problema. “Já solicitamos uma equipe para consertar a bomba”, argumentou.
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