Foto: Hedio Fazan
As autoridades voltaram a redobrar as fiscalizações nas rodovias depois que uma mulher foi presa em flagrante na semana passada em Campo Grande, vendendo ilegalmente remédios à base de anfetaminas para caminhoneiros. Eles utilizavam o remédio como rebite, um estimulante que faz o motorista perder o sono e com isso eles podem dirigir por horas ininterruptas.
O método usado pela mulher para vender a medicação chamou atenção; ela estaria mantendo um “disque-rebite”. O caminhoneiro ligava fazendo o pedido e ela entrega o remédio às margens da rodovia. Segundo informação da Polícia Civil da Capital, ela mantinha os medicamentos num conjunto de chácaras na BR-163, a cerca de 20 quilômetros de Campo Grande.
No total, a polícia apreendeu 433 compridos, entre rebites e estimulante sexual. A polícia chegou até a mulher depois de uma denúncia anônima. Durante o flagrante, foram encontrados, no total, 300 cápsulas de medicamentos à base anfetamina (cloridrato de anfepramona e cloridrato de femproporex). As duas substâncias estão com vendas suspensas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que em 2010 ocorreram 173 acidentes envolvendo caminhões, em que o motorista dormiu no volante. A PRF deixa claro que não existe como saber se estes acidentes foram provocados por algum tipo de medicação, mas as suspeitas deixam as autoridades em alerta.
O uso indiscriminado de medicamentos põe em risco a vida dos profissionais. O “rebite”, substância mais usada, contém elementos psicoativos que atuam no cérebro e ajudam a combater o sono no volante.
No entanto, o organismo muitas vezes não suporta porque precisa de descanso, e o remédio acaba não tendo o mesmo efeito em período prolongado. Além dos efeitos principais do remédio, o rebite também provoca a dilatação dos olhos causando maior ofuscamento, taquicardia, aumento da pressão sanguínea, agressividade, irritação, delírio persecutório, alucinações, paranóia, palidez e degeneração das células cerebrais.
A PRF realiza periodicamente o Comando de Saúde nas Rodovias, que tem como objetivo examinar e orientar motoristas profissionais. Durante o comando, os motoristas passam por exames de glicemia, diabetes, colesterol, acuidade visual e auditiva, medição do IMC, peso e altura, já que muitas vezes, a carga horária excessiva não permite que eles realizem esses exames periodicamente.
De acordo com a PRF, durante estes exames é possível perceber que grande parte dos caminhoneiros tem a saúde bastante precária e com disfunção na pressão arterial. Tudo isso é provocado pela falta de uma alimentação correta, horas na direção e vida extremamente sedentária e como consequencia vem a obesidade.
O dirigente do Serviço Social do Transporte (Sest) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) em Dourados, Lucilio Torres de Vasconcelos, diz que a preocupação com uso deste tipo de medicação é constante, mas não tem como controlar. O problema existe no Brasil inteiro e se agrava quando o motorista, para ficar acordado, mistura o medicamento com álcool.
Lucilio diz que embora não exista uma estatística, nota-se que o problema tem diminuído, já que os motoristas estão mais conscientizados por causa das constantes campanhas feitas pelo Sest/Senat em parceria com a PRF. Muitos profissionais estão dando preferência ao descanso após uma jornada de trabalho de muitas horas, para depois pegar novamente ao volante e concluir a viagem, deixando o velho hábito de dirigir direto à base de remédios para não dormir.
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