Cresce sobrevivência das pequenas empresas no Brasil
Brasil - Pesquisa - Cenário Saudável de Sobrevivência
Imagem: Luiz Prado / LUZ
Estudo constatou que micro e pequenos negócios têm resistido mais aos dois primeiros anos de criação.
Os pequenos negócios brasileiros permanecem em cenário saudável de sobrevivência.
Segundo o mais novo estudo do Sebrae sobre o tema, de cada 100 micro e pequenas empresas abertas no Brasil, 73 permanecem em atividade após os primeiros dois anos de existência, período considerado crítico para se manter no mercado.
Para o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, esse resultado é reflexo de aspectos como “aumento da escolaridade, nova classe média e melhora do ambiente legal no país”, disse.
Os dados constam do estudo sobre Taxa de Sobrevivência das Empresas no Brasil, lançado nesta quinta-feira (20) em São Paulo.
Esta edição traz novidade em sua metodologia, que deixa de utilizar pesquisas de campo e passa a empregar a base de dados da Receita Federal. Segundo Barretto, a mudança irá possibilitar a divulgação anual do índice, dando início a uma série histórica, e traz uma radiografia dos estados. “Estamos falando agora de um censo integral, com cerca de 500 mil empresas”, disse.
Identificação da oportunidade de negócio, estudo de viabilidade e capacitação empresarial são aspectos que, quando observados antes de abrir um negócio, a chance de sobrevivência é maior, afirmou Luiz Barretto. “Planejar, não misturar finanças empresariais com finanças pessoais, inovar e investir na formação empresarial são recomendações que garantem uma maior sobrevivência ao negócio”, disse.
Para ele, arriscar é uma característica essencial para empreender. “Ter conhecimento e buscar informação ajuda a diminuir os riscos”, ressaltou.
A taxa evoluiu de 71,9%, com base nas empresas que abriram suas portas em 2005, para 73,1%, referente aos empreendimentos abertos em 2006, período de início do Super Simples, que trouxe vantagens tributárias para as micro e pequenas empresas.
As indústrias são as que mais contribuíram para este quadro crescente.
De cada 100 empresas abertas, 75,1% permanecem ativas nos dois anos seguintes.
Em seguida, aparecem comércio (74,1%), serviços (71,7%) e construção civil (66,2%).
“As exigências iniciais para se abrir uma indústria, como planejamento e alto grau de inovação e aporte de capital, contribuem para a permanência da empresa no mercado”, analisa Barretto.
Os melhores índices estão presentes na região Sudeste (76,4%), seguidas das regiões Sul (71,7%), Nordeste (69,1%), Centro-Oeste (68,3%) e Norte (66,0%). “Quanto maior o conhecimento e capacitação aliado a um ambiente tributário favorável, maior é chance de sobreviver.
Para Barretto, o índice acima da média na Região Sudeste se justifica por apresentar mais mercado, mais gente com informação, e elevado grau de escolaridade da sociedade”, disse. Ele acredita que a tendência é que nas próximas edições do censo “o resultado será mais homogêneo”.
Comparando o desempenho brasileiro com o de outros países, o Brasil aparece em situação privilegiada.
O índice de sobrevivência das micro e pequenas empresas brasileiras é superior ao de nações como Espanha (69%), Itália (68%) e Holanda (50%) e bastante próximo do Canadá (74%).
Na Europa, os dados são verificados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “As pequenas empresas brasileiras estão calcadas no mercado interno, que está forte.
Os países em desenvolvimento continuam crescendo independente da crise na Europa”, afirmou o presidente do Sebrae.
Regina Xeyla/Agencia Sebrae/DF
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