Paralisação de 24h trava comércio exterior na fronteira do Brasil com a Bolívia
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Protesto boliviano fechou o acesso de caminhões e veículos menores entre Corumbá e Puerto Quijarro - Foto: Pikinho Mejia
A movimentação de mercadorias na região do maior porto seco do Centro-Oeste, em Corumbá, está paralisada por conta do Paro Cívico Departamental.
O protesto boliviano fechou o acesso de caminhões na fronteira do Brasil com a Bolívia, em Puerto Quijarro, na madrugada desta segunda-feira (25), e está previsto para durar 24 horas.
Além de caminhões, não está autorizado também o fluxo de veículos menores entre Corumbá e Puerto Quijarro.
Nessa região, estima-se que em torno de 1 mil carros transitam diariamente, tanto com mercadorias como para o turismo e a interligação entre as cidades de Puerto Suarez e Puerto Quijarro com Corumbá.
No comércio exterior, Mato Grosso do Sul movimentou nessa região mais de US$ 730 milhões, entre importação e exportação, entre janeiro e junho deste ano.
Os dados são do governo federal, a partir do sistema Comex Stat. Por dia, a média de transações fica em mais de US$ 4 milhões.
Há fluxo de cargas tanto pela rodovia Ramão Gomes, que liga Corumbá a Puerto Quijarro e na Bolívia passa a ser chamada de rodovia Bioceânica; quanto pelo canal Tamengo, um braço do rio Paraguai.
Durante a madrugada e parte da manhã, o protesto transcorreu de forma pacífica.
Para impedir o trânsito de veículos, os manifestantes usaram diferentes objetos, que foram colocados perto da ponte que liga Corumbá a Puerto Quijarro.
Somente para ambulâncias a sinalização é retirada. O fluxo de pedestres não foi impedido, portanto, a única forma de acessar a região é a pé.
No Porto Seco de Corumbá, a movimentação de caminhões é de cerca de 350 veículos de carga por dia e todos estão parados, aguardando a liberação da rodovia para seguirem viagem.
Do lado da Bolívia, também há caminhões parados.
O Setlog Pantanal, sindicato da categoria dos transportistas, estima que são 100 caminhões parados.
O fechamento da fronteira nesta segunda-feira (25) foi avisado às autoridades bolivianas na semana passada e ocorreu por conta de manifestação do Comitê Cívico contra a decisão do governo federal boliviano de adiar a realização do censo para 2024.
A renovação de estatística no país vizinho estava prevista para começar em novembro deste ano.
Ela gera impacto direto no repasse de recursos para municípios e demais estruturas governamentais, como ocorreu no Brasil, com o censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Conforme os manifestantes, não existe critérios técnicos que justificam esse atraso na realização do censo.
Quem é responsável por esse levantamento na Bolívia é o Instituto Nacional de Estatística (INE). A decisão em realizar o bloqueio foi dada pelo Comitê Interinstitucional, que reúne os comitês cívicos de diferentes cidades.
Esse é um tipo de estrutura organizacional que reúne setores privados para deliberar sobre assuntos políticos.
Ainda há uma discussão na Bolívia para que já para o próximo ano seja feito uma política de estado que usa a base de dados sobre projeção da população.
Além disso, está em estudo a criação de um fundo de compensação para atender os municípios em função dos indicadores locais.
Além da região de fronteira do Brasil com a Bolívia, os bloqueios estão espalhados em outras áreas até Santa Cruz de la Sierra.
Correio do Estado/KV
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