Marçal quer política para dependentes
Estado - Ação Social - Indicação na Câmara
Foto: Divulgação
Sensível com os problemas que afligem tanto as pessoas que têm envolvimento com as drogas quanto os familiares delas, o deputado federal Marçal Filho (PMDB) apresentou na semana passada uma indicação na Câmara Federal onde pede que o Ministério da Saúde crie, o mais breve possível, um programa de apoio ao usuário de Crack e outras drogas. “A função de um parlamentar não consiste apenas em propor leis, fiscalizar o Executivo ou encaminhar projetos do Estado e municípios, mas, também, fazer gestão junto aos agentes públicos para que eles amenizem o sofrimento da sociedade”, enfatiza Marçal Filho. “Nesse momento, nada provoca mais sofrimento que as drogas e a sedução que o crack exerce em todas as camadas da sociedade”, conclui o deputado.
Na indicação, que já foi encaminhada pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, Marçal Filho se dirigiu diretamente aos ministros: da Saúde, Alexandre Padilha, das Cidades, Mário Negromonte e da Justiça José Eduardo Cardoso, para relatar o drama de famílias que sofrem com a dependência química e não encontram no aparelho estatal um apoio para tratar seus dependentes. “A história do crack está diretamente relacionada com a da cocaína, apelidada de a droga dos ricos”, argumenta Marçal. “Esse foi o principal motivo para a criação de uma cocaína mais acessível, surgindo então o crack, uma substância que chega ao sistema nervoso em dez segundos, causa euforia, alegria, perda de apetite, insônia e, na sequência, o desejo de consumir mais”, conclui o deputado.
O deputado lembra que o uso do crack e sua potente dependência psíquica, frequentemente leva o usuário, que não tem capacidade monetária para bancar o custo do vício, à prática de delitos. “Os pequenos furtos de dinheiro muitas vezes começam em casa, também levando à prostituição para sustentar o vício”, enfatiza Marçal Filho. “O dependente dificilmente consegue manter uma rotina de trabalho ou de estudos e passa a viver basicamente em busca da droga, não medindo esforços para consegui-la”, ressalta.
Na indicação, Marçal lembra que o Mato Grosso do Sul virou área de risco em virtude da fronteira com a Bolívia e o Paraguai, grandes produtores de drogas. “São cerca de 1.300 quilômetros de fronteira seca que também resulta no agravamento dos problemas trazidos pelas drogas sobretudo o aumento da violência, a destruição de vidas e de famílias”, alerta. “Fica claro que o crack não é apenas um problema social, mas também de segurança pública e saúde”, ressalta.
Deputado sugere que Ministério da Saúde crie Programa de Apoio ao usuário de Crack e outras drogas
FORÇA TAREFA
Marçal Filho sugeriu a criação de um programa interministerial completo de enfrentamento às drogas e no combate vigoroso ao tráfico. “Precisamos atuar no desestímulo à curiosidade dos jovens ao desejarem experimentar qualquer entorpecente, e, sobretudo, oferecer tratamento de apoio aos seus usuários de forma a ressocializar o dependente dentro dos projetos do governo federal”, defende. “Sugiro, inclusive, que sejam tomadas medidas de forma a que o Sistema de Urgência e Emergência do SUS seja melhor estruturado para recebimento e atendimento desse tipo de paciente em caráter emergencial”, orienta Marçal Filho.
De acordo com o deputado, num segundo momento é preciso entender que o Sistema de Urgência e Emergência não suporta um tratamento mais prolongado, o que é recomendado acontecer nas chamadas comunidades terapêuticas, modelos de sucesso já em alguns Estados brasileiros. “Para isso, seria importante que o poder público estudasse formas de incentivo dessas comunidades, bem como a criação delas onde não existirem”, sugere Marçal Filho. “Por outro lado essas comunidades poderiam ser assistidas e apoiadas pelos Centros de Apoio Psicossocial (CAPS), que têm como objetivo oferecer atendimento à população, realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários”, conclui.
Para Marçal Filho é preciso uma força-tarefa federal contra o crack e a favor dos dependentes. “Há que se pensar em meios de afastar esses pacientes do meio do qual foram resgatados, através de um auxílio moradia”, sugere o deputado. “Para isso acredito que seria salutar a criação do programa de forma interministerial, incluindo neste contexto o Ministério das Cidades e da Justiça”, observa. “Faz-se necessário a constituição de equipe interdisciplinar de caráter interministerial capacitada, capaz de oferecer um atendimento intensivo e adequado às particularidades de cada um dos dependentes, contemplando suas reais necessidades de cuidados médicos gerais, de apoio psicológico e familiar, bem como de reinserção social”, finaliza Marçal Filho.
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