Argentina suspende projeto de US$ 5,5 bi da Vale
Mundo - Negócios - Mina de Potássio
A província argentina de Mendoza, na Argentina, suspendeu o projeto da mina de potássio Rio Colorado em meio a acusações de que a mineradora Vale não respeitou um acordo sobre o cronograma de investimentos e contratação de pessoal local. A medida será suspensa quando a Vale voltar a cumprir o acordo com a província, disse o subsecretário de hidrocarbonetos de Mendoza, Walter Vazquez, em comunicado.
O governo de Mendoza só vai autorizar a retomada das obras da mina de potássio Rio Colorado da mineradora Vale, quando a empresa apresentar, detalhadamente, seu plano de investimentos e contratações de mão-de-obra da província, disse à Agência Estado, o secretário de Meio Ambiente de Mendoza, Pablo Gudiño. "Autorizaremos quando tivermos 100% das informações das obras que a Vale vai realizar para que a exploração de potássio possa funcionar. Até agora só temos 30%", afirmou. O secretário indicou que Mendoza estaria disposta a cancelar definitivamente a obra estimada US$ 5,5 bilhões.
"Para que tamanho investimento esteja na província, a empresa deve contratar empresas e operários locais. Caso contrário, são investimentos que não beneficiam Mendoza. E nós estamos na função pública para defender os interesses de Mendoza", ressaltou Gudiño. Ao comentar a nota divulgada pela Vale, o secretário afirmou que não duvida da boa fé da mineradora e não deseja que suas obras sejam paralisadas. "Não queremos que Vale não trabalhe. Pelo contrário, queremos que trabalhe, mas que o faça dentro das regras combinadas", destacou ele.
O secretário considera discutível o argumento da mineradora de que Mendoza não possui empresas de envergadura que cumpram o padrão de qualidade exigido pela Vale e, por isso, contratou as grandes obras com companhias de fora. "É absolutamente discutível essa justificativa por duas razões: primeiro, porque se não tivéssemos empresas de magnitude importante, não seriamos exportadores de bens e serviços; segundo, porque é parte do acordo que, quando não houver uma empresa mendocina capacitada para fornecimento e execução da obra em questão, a Vale deve acompanhar seu desenvolvimento", detalhou Gudiño.
Ele também recordou que uma das cláusulas do acordo entre o governo e a Vale prevê a união transitória de empresas pequenas de Mendoza com as grandes companhias contratadas pela mineradora. "Nada disso está sendo cumprido", acusou. Segundo ele, a Vale tem aprovado o plano de obra de 2010 e parte de 2011. No que diz respeito à 2010, ele disse que 75% do que foi estabelecido não foi cumprido.
A Vale deve investir cerca de US$ 5,5 bilhões no desenvolvimento da mina, assim como na construção de uma ferrovia e usina elétrica em Rio Colorado. A Vale disse no fim do ano passado que espera começar a produção da mina a um ritmo de 2,4 milhões de toneladas por ano na segunda metade de 2013. Numa segunda fase, a produção deverá ser elevada a 4,3 milhões de toneladas por ano, segundo a mineradora.
Comunicado da Vale
Em nota à imprensa, o escritório da empresa em Mendoza, afirmou que "em estrito cumprimento da notificação recebida, a companhia está paralisando as atividades na mina até contar com a habilitação pertinente por parte do governo local".
Sobre a acusação do governo de que a companhia não respeitou um acordo sobre o cronograma de investimentos e contratação de pessoal local, a nota afirma que a empresa já realizou "sucessivas apresentações perante os distintos poderes públicos e institucionais locais para comprovar os compromissos assumidos" com o governo de Mendoza. No entanto, continuou a nota, "a empresa se compromete a apresentar toda a informação requerida e necessária para demonstrar o cumprimento do compromisso assumido mediante a assinatura da Ata Acordo relacionada ao Compre Mendocino" e à contratação de mão de obra local".
Na nota, a Vale "torna pública sua permanente vontade de colaborar com as autoridades locais em favor do crescimento e desenvolvimento econômico e social da Província, no marco das normas em vigor". A secretaria de Meio Ambiente de Mendoza informou que a suspensão é temporária até que a empresa apresente os documentos solicitados.
Estadão/ V.H.
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