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Uma menina indígena, de oito anos, que está internada no Hospital Regional (HR) de Campo Grande com tumor no osso do fêmur, próximo ao joelho, precisa urgentemente amputar a perna. Entretanto, a família tenta impedir a cirurgia, solicitando a vinda de um pajé da aldeia para abençoá-la, na tentativa de não mais precisar da cirurgia.
A criança, que já passou por internações em Dourados, está no HR desde o dia 25 de junho, no Centro de Tratamento Onco-Hematológico Infantil (CETOHI).
Ela aguarda a vinda do “benzedor”, já que a família, da etnia Guarani-Nhandeva, não quer autorizar a cirurgia de amputação.
Ao saber da situação da criança, a mãe concordou com o procedimento cirúrgico e assinou um termo do hospital. Mas ao voltar para a aldeia Porto Lindo, em Japorã (MS), familiares decidiram que ela deveria receber uma “benção” do pajé, uma espécie de prática religiosa e espiritual, na qual ela poderia ser curada e até evitar a amputação da perna.
O avô da menina veio até a Capital e tentou convencer o médico de não fazer a cirurgia e desconsiderar o termo assinado pela mãe.
O médico oncologista que cuida da menina, Marcelo Souza, informou em entrevista ao MS Record.com.br, que desde que a mãe assinou o termo, ela não mais voltou ao HR.
“Temos um documento assinado no qual ela autorizou a cirurgia. Espero que até o final desta semana, a menina possa dar continuidade ao tratamento”, afirmou o médico.
O oncologista está preocupado com o estado da menina, que segundo ele, está com o joelho tomado pelo tumor.
O tratamento seria à base de quimioterapias, antibióticos, morfina (para aliviar as dores) e por fim, a cirurgia de amputação.
O chefe do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI-MS), Nelson Olazar, informou ao MS Record.com.br, que já disponibilizou veículos para buscar o cacique, mas que até o momento, a vinda não deu certo.
“Autorizei uma viatura no sábado, uma ontem e uma hoje de manhã. Entretanto, não deu certo, pois o cacique da aldeia vai consultar o rezador (pajé) de uma outra aldeia lá em Eldorado, então temos que aguardar”, explicou Olazar.
Ele afirma que o cacique tem papel de autoridade, mas não é responsável pelas orações. Quem irá fazer as “rezas” é outro pajé, da Aldeia Cerrito, do município de Eldorado (MS).
“Acredito que eles vêm para Campo Grande ainda hoje à noite, se tudo der certo. Talvez amanhã cedo, eles estejam no hospital com a menina”, diz Olazar.
O chefe do DSEI também informou que o avô da criança é o único famliar que está acompanhando diariamente a menina. Ele está na Casa de Saúde Indígena na Capital. Há a intenção, segundo ele, de trazer os pais da criança ainda essa semana.
MS Record/Portal MS/DF
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