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Revisão de 6,2% foi motivada pelo crescente interesse do consumidor e pelos vários lançamentos previstos para o ano.

A IDC elevou sua previsão de produção de tablets para 2011 em função do crescente interesse do consumidor por esse tipo de aparelho e do aumento das opções de compra, informou a empresa na sexta-feira (8/7).

Com a revisão, o número previsto de tablets que deverão chegar às lojas este ano subiu de 50,4 milhões para 53,5 milhões de unidades.

O aumento ocorreu apesar de uma queda na entrega de produtos pelos fabricantes, detectada durante o primeiro trimestre deste ano na comparação com o quarto trimestre de 2010.

No primeiro trimestre, a entrega de tablets pelos fabricantes totalizou 7,2 milhões de unidades, uma queda de 28% na comparação com o trimestre anterior.

As empresas de pesquisa têm comparado os números de fornecimento de tablets mês a mês por causa do lançamento do iPad original, que ocorreu em abril - normalmente, a comparação é feita com o mesmo mês do ano anterior.

A demanda do consumidor por tablets caiu durante o primeiro trimestre por causa de questões econômicas, afirmou em comunicado Bob O’Donnel, vice-presidente da IDC para telas e terminais. A entrega de produtos também caiu, já que havia menos compradores no trimestre em comparação com o trimestre anterior, que compreendia o período de festas.

Curiosidade

O lançamento de aparelhos e a crescente curiosidade sobre eles deverão impulsionar a entrega de tablets durante o resto do ano, afirmou a IDC.

Na semana passada, a HP apresentou seu primeiro tablet para uso pessoal, o TouchPad, que tem atraído o interesse de entusiastas. Fabricantes como Toshiba, Asus, Acer, Sony e Dell já lançaram ou vão lançar tablets com o sistema móvel Android, da Google, ainda este ano.

O iPad, da Apple, continua a dominar o mercado, mas os tablets com Android têm ganhado espaço no mercado, informou a IDC.

Os aparelhos com Android tinham 34% do mercado no primeiro trimestre - um aumento de 8,2 pontos porcentuais sobre o resultado do último trimestre de 2010.

A IDC não revelou qual seria a fatia de mercado do iPad.

A entrega de iPads pela Apple durante o primeiro trimestre manteve-se abaixo das expectativas, em parte por causa da espera pelo iPad 2 e por questões relacionadas ao fornecimento de peças como telas, explicou a IDC. O iPad 2 começou a ser vendido em março, mas os estoques iniciais acabaram e os problemas com fornecimento impediram a Apple de atender à demanda.

A Samsung e a Motorola têm tido um sucesso relativo com seus tablets Android, mas os clientes têm-se recusado a comprar tablets atrelados a planos de dados 3G ou 4G, que nos EUA exigem um contrato de dois anos, detalhou a IDC.

No mês passado, a empresa de pesquisas DisplaySearch revelou que há um interesse crescente por tablets Android mais baratos, fabricados por empresas pouco conhecidas. Esse interesse vem de consumidores pouco dispostos a pagar um prêmio por tablets como o iPad e é detectado principalmente entre estudantes e em mercados de países emergentes, como a China.

E-readers

A IDC também afirmou que a entrega global de e-readers aumentou 105% na comparação com o último trimestre de 2010, quando a Barnes & Noble tomou pela primeira vez o primeiro lugar no ranking que era do Kindle, da Amazon.

A falta de um e-reader colorido tem prejudicado a Amazon, ao passo que a B&N teve um impulso com o Nook Color, que é vendido como e-reader mas é considerado um tablet Android.

A IDC projeta para 2011 um total de 16,2 milhões de e-readers entregues pela indústria - um crescimento de 24% em relação a 2010.
(Agam Shah)