MP investiga relação do governo Zeca com desvios em Campinas
Estado - Ações Judiciais - Investigação de Rede de Corrupção
Imagem: Deurico Ramos/ Capital News
A revista época desta semana trás uma matéria relatando que após descobrir desvios de até R$ 615 milhões em Campinas-SP, o Ministério Público encontrou vários indícios de que as fraudes já teriam ocorrido em outras administrações do PT, incluindo os dois mandatos de Zeca do PT no Mato Grosso do Sul.
A matéria revela que alguns dos envolvidos no esquema de Campinas, Dr. Hélio (PDT), Demétrio Vilagra (PT) e o ex-diretor da Sanasa, Luiz Aquino, delator do esquema, são do Estado e, no passado, envolveram-se em desvios de verbas publicitárias do governo de Mato Grosso do Sul.
Segundo a denúncia, depois de ter integrado no ano anterior o núcleo de marketing da campanha presidencial de Lula, em 1999, Dudu Godoy foi escolhido pelo comando nacional do PT para chefiar a Secretaria de Comunicação do recém-eleito governador José Orcírio dos Santos.
Além dele, também vieram para o Estado o hoje casal de ministros, Paulo Bernardo Silva e Gleisi Hoffmann, que também foram apadrinhados pelo partido. A época, Paulo Bernardo foi nomeado para a Secretaria da Fazenda e Gleisi para chefiar uma secretaria especial.
Ainda segundo a revista, o trio compôs com Vander Loubet (PT) o núcleo mais influente da administração de Zeca. Desta forma, uma das primeiras ações do grupo foi contratar cinco empresas para cuidar da publicidade do governo.
O MPF investiga a possibilidade de fraude, uma vez que, não houve parecer jurídico para respaldar a assinatura dos contratos. Segundo os cinco inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), esses contratos serviram para alimentar um esquema de corrupção: as agências de publicidade apresentavam orçamentos falsos para serviços que não seriam prestados. Após isso, notas fiscais frias eram apresentadas para a cobrança deles.
A revista revela que os 22 volumes de inquéritos trazem todo o esquema que teria vigorado nos dois mandatos, desviando R$ 30 milhões apenas no primeiro mandato. A matéria revela ainda que o principal acusado é o deputado federal Vander Loubet, que foi chefe da Secretaria de Governo, onde teria nascido o esquema.
A reportagem lembra ainda que em um dos inquéritos investiga à contratação da empresa Núcleo de Desenvolvimento Estratégico e Comunicação Ltda., conhecida como NDEC. Ela é acusada de abastecer o propinoduto petista com o dinheiro recebido, em um contrato que sofreu nada menos que 12 reajustes de preço. A empresa teria saído do Estado e se instalado pelo país, incluindo a campanha de Marta Suplicy em São Paulo. Segundo uma matéria do jornal O Estado de São Paulo, o endereço da NDEC, registrado no contrato com a TV da Câmara de Vereadores de São Paulo, era o mesmo de uma empresa-fantasma investigada no escândalo sobre a máfia do lixo em São Paulo.
Em 2004, os donos da NDEC, Giovani Favieri e Armando Peralta, foram os responsáveis pela área de comunicação na campanha eleitoral de 2004, quando Dr. Hélio conquistou, pela primeira vez, a prefeitura de Campinas.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), ligado ao Ministério da Fazenda estranhou o fato do movimento na conta bancária da empresa de Peralta e Favieri ser incompatível com sua capacidade econômico-financeira, registrando depósitos no valor de R$ 4,5 milhões, com 77% sacado em espécie na boca do caixa. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, vai ser ouvido nas investigações.
Os promotores de Campinas vão se concentrar agora em esclarecer a relação dos contratos de publicidade da prefeitura com os possíveis desvios no Mato Grosso do Sul. A reportagem do Capital News entrou em contato com o ex-governador Zeca do PT, mas ele está viajando.
Wendell Reis/Capital News/DF
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