Fazendeiros ingressam com reitegração de posse em Dourados
Brasil - Geral - Proprietários de Terra
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Proprietários de terra que tiveram área ocupada por índios em Dourados, ingressaram com pedido de reitegração de posse. De acordo com o ruralista Darci Decian, a ação na justiça foi necessária porque até o momento nenhum órgão representante dos indígenas se manifestou acerca do assunto ou procurou os fazendeiros para negociar. Desde o último dia 29, dezenas de índios ocuparam área de 26 hectares às margens do anel viário, nas imediações do residencial Monte Carlo e aos fundos da Aldeia Bororó em Dourados. Barracos de lona estão sendo montados aos poucos e a expectativa da comunidade é de reunir 120 famílias nos próximos dias.
De acordo com a coordenadora da Fundação Nacional do Índio, Maria Aparecida Mendes de Oliveira, em 1920 o governo Federal declarou uma área de 3.6 mil hectares para os indígenas, mas eles estariam ocupando apenas 3.5 mil hectares; área que foi demarcada. Por causa disso, um estudo será realizado para identificar os 100 hectares supostamente remanescentes. Os trabalhos vão se concentrar na localização de marcos e placas no interior da Reserva, que limitavam a área destinada aos nativos.
O grupo justifica a ocupação alegando que as terras são indígenas, já que os antepassados guaranis teriam residido no local. Eles citam o indígena guaraní Sapriano Gonçalves, avô de uma das lideranças. “Ele era dono destas terras. Arrendou para um branco plantar, que por sua vez vendeu as terras, sem que fossem dele”, explica.
Os indígenas pretendem montar a aldeia “Ñu Verá”, que significa “Campo Brilhoso”, na região ocupada. Segundo o cacique, a ampliação da Reserva de Dourados é necessária, porque as famílias indígenas estão “sufocadas” nas aldeias. O fato, segundo ele, contribui para que a população local sofra com a miséria e violência que tomaram conta das aldeias. “A cesta básica mensal não é suficiente para as famílias. Além disso, não queremos mais depender do poder público para comer. Queremos terra para plantar e criar nossos filhos com o esforço do nosso trabalho e com o que a terra nos dá”, alega.
Segundo Shatalim, os indígenas estão vivendo apenas pela fé. “São muitas famílias que se formaram recentemente e não são nem ao mesmo cadastradas em programas sociais de alimentação. Por isto passam fome”, destaca. Ele comenta que a maior preocupação é com crianças. “Elas estão aqui passando frio e fome. Não muito diferente do que acontece na Bororó e Jaguapiru onde estavam. Não queremos ver mais nossos filhos passando fome e por isto resolvemos lutar por nossos direitos”, destaca.
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