(Foto: Rachid Waqued)

O governador André Puccinelli participou ontem (07), à noite, da abertura do Congresso Internacional da Carne, que está acontecendo em Campo Grande.

“A escolha de Mato Grosso do Sul para sediar o Congresso Internacional da Carne representa a pujança do Estado. Muito me orgulha um evento como este, onde os palestrantes vão mostrar a importância da sanidade animal e a qualidade da carne, que são prioridades no Estado” destacou Puccinelli.

O evento, que acontece hoje (08) e amanhã (9), é realizado pela Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e International Meat Secretariat (IMS) e terá 23 palestrantes de nove países diferentes (Brasil, Argentina, Austrália, Chile, Colômbia, Dinamarca, Estados Unidos, Paraguai e Uruguai) e 19 Estados brasileiros.

 

“A carne de Mato Grosso do Sul é de primeiríssima qualidade. Esta qualidade é resultado da parceria entre a classe de produtores e os órgãos fiscalizadores. Mato Grosso do Sul está a caminho da segunda fase de ser livre da aftosa sem vacinação. A união da classe produtora fortalece o mercado da carne” enfatizou o Governador.

 

O governador André Puccinelli também enalteceu em sua fala a importância do setor agropecuário para o Estado e a preservação de 87% de vegetação nativa do Pantanal. Para uma platéia formada por representantes de toda a cadeia produtiva da carne, o Governador afirmou: “Carne da melhor qualidade, só em MS”.

Com o tema “Carne de Qualidade para Todos os Povos”, a programação abrange diversos assuntos de interesse para profissionais, empresários e estudantes da cadeia da carne. O Congresso apresentará palestras e painéis sobre as relações de mercado, barreiras sanitárias e tarifárias, nutrição animal e humana, sustentabilidade na produção pecuária e casos de sucesso com marketing da carne no mundo.

Também presente na abertura do Congresso, o senador Waldemir Moka destacou as mudanças provenientes do novo Código Florestal. ‘Defendemos um Código Florestal moderno, ambientalmente justo e economicamente viável. Não queremos uma lei que vai engessar o setor produtivo do Estado’’ declarou o Senador.

Em seu pronunciamento, o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, lembrou que o Brasil é o maior exportador e o segundo maior produtor mundial de carne bovina. "Estaremos nesses dois dias debatendo sobre os temas mais impactantes para a pecuária em âmbito mundial. A globalização nos coloca a todos como agentes de um mercado que é dinâmico não só pelo aumento da demanda, mas pela necessidade de adequação às diferentes necessidades e exigências que se impõem" afirmou Riedel.

A abertura contou com a presença de palestrantes, produtores e autoridades do setor da carne de vários estados. Durante a abertura, a Famasul, a Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa) e a Assembléia Legislativa do Estado assinaram um pacto de sustentabilidade que prevê ações conjuntas para o desenvolvimento da atividade agropecuária com responsabilidade ambiental.

O Congresso Internacional da Carne tem o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (FUNAR) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de MS – Senar/MS, do Fórum Permanente da Pecuária de Corte da CNA, do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul e Convention Visitors Bureau, e é patrocinado por John Deere, Marfrig, Seara, AllFlex, JBS, Safe Trace, Valefert, Serrana Nutrição Animal, Fecomércio, Sindan, Sebrae, Fiems e Banco do Brasil.

Nesta quarta-feira (08), acontecem as palestras, que se iniciam às 8h35 com a participação da senadora e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, que fala sobre o tema “O agronegócio e o sucesso do Brasil no mercado de carnes”. Depois da senadora, o ministro Wagner Rossi, fala às 9h35 sobre “Os investimentos do Brasil na pecuária e a relação com os mercados internacionais”. No mesmo painel, participa o diretor nacional da Embrapa, Pedro Antônio Arraes Pereira, que vai apresentar o trabalho realizado pela empresa na pesquisa em pecuária de corte.

Mais tarde começa o painel sobre “Mercado”, onde o grupo Marfrig irá apresentar as alternativas para um frigorífico sustentável e o advogado Scott Andersen, famoso por resolver casos importantes do agronegócio no mundo, irá falar sobre barreiras sanitárias. À tarde, com o painel “Qualidade e Saúde”, haverá discussões sobre a qualidade da carne, nutrição animal e os benefícios do consumo de carne vermelha por humanos com especialistas como o engenheiro da USP, Dante Pazzanese, e a pesquisadora dinamarquesa, Grethe Andersen.

As palestras com estrangeiros terão tradução simultânea e ao fim de cada painel haverá tempo para as perguntas do público.

O Congresso em MS

A cidade foi escolhida como sede do evento durante a assembleia geral do International Meat Secretariat (IMS), realizada no Congresso Mundial da Carne que aconteceu de 26 a 29 de setembro 2010 em Buenos Aires, na Argentina.

A pecuária de corte de Mato Grosso do Sul já é conhecida e reconhecida no País e no Mundo. Em 2009, o Estado contabilizava 19 milhões de cabeças de gado, com 21 mil hectares de pastagem e 3,1 milhões de bovinos abatidos. Já o volume de carne bovina exportada teve um aumento de 29,5% em 2009 em relação ao ano anterior. Os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior confirmam que a receita obtida por MS com as vendas externas foi recorde histórico em 2009 ao atingir US$ 365 milhões. Entre os países que mais compraram carne bovina estão a Rússia, o Irã e Hong Kong. 

Pesou favoravelmente à escolha de Campo Grande como sede do evento o reconhecimento à qualidade da carne produzida no Estado. Com o terceiro maior rebanho do País, formado por 22,5 milhões de cabeças, MS virou referência por meio de iniciativas como o programa Boas Práticas Agropecuárias (BPA), que prevê a adaptação das propriedades de modo a garantir o bem-estar do rebanho.

Estiveram presentes na abertura do Congresso, o deputados federais Edson Girotto, Reinaldo Azambuja e Marçal Filho; o presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos, o presidente da Embrapa Nacional, Pedro Arraes, o presidente da Famasul, Eduardo Correa Riedel; a secretária de Estado de Produção e Desenvolvimento Teresa Cristina, o superintendente da Federação Nacional de Agricultura em Mato Grosso do Sul, Orlando Baez e representantes dos governos do Estado de Minas Gerais, Pará e Goiás.