Mulheres e idosos aumentam participação na agropecuária de MS
Estado - Agropecuária - Censo Agropecuário
Crédito: Divulgação
Dados do Censo Agro 2017, divulgado nesta sexta-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que mulheres e idosos de um modo geral têm aumentado a participação no setor agropecuário em Mato Grosso do Sul ao longo dos anos, embora ainda não sejam maioria.
Conforme o levantamento, entre 2006 e 2017, o total de estabelecimentos nos quais o produtor é do sexo feminino elevou-se de 10,5% para 19,1%. Isso representa 13.638 pessoas. Em contraponto, os homens passaram de 89,5% para 79,8% do total. Mesmo assim, totalizam 56.832.
Quanto à idade, o IBGE apurou redução na participação dos grupos de menores de 25 anos (de 2,3% para 1,3%), de 25 a menos de 35 (11,5% para 6,7%), de 35 a menos de 45 (22,6% para 15,6%), e de 45 a menos de 55 (26,5% para 24,2%).
Entre os grupos de maior idade, houve aumento na participação. De 55 a menos de 65 anos, passou de 20,9% para 26,6%, e de 65 anos ou mais, já classificados como idosos no Brasil, de 15,9% para 25,4%.
O Censo Agro 2017 aponta que o número de estabelecimentos agropecuários no Estado cresceu 9,7% e a área total ocupada por estabelecimentos do setor aumentou 0,9%. Em 2017, chegou a 71.164, ocupando uma área de 30.549.179 hectares, ante os 30.274.975 de hectares de 2006.
“Se comparada a área total de estabelecimentos agropecuários em cada Unidade da Federação, MS possui o 3º maior número do país”, detalha o IBGE, acrescentando que com relação à área ocupada, os estabelecimentos agropecuários da agricultura familiar correspondiam somente a 1,2 milhão de hectares, 3,9% da área total dos estabelecimentos agropecuários sul-mato-grossenses.
Esse cenário faz do Estado a Unidade da Federação com a menor proporção de área de estabelecimentos da agricultura familiar. Mesmo assim, de 2006 a 2017 o número de estabelecimentos da agricultura familiar aumentou, de 40.254 para 43.223.
O IBGE destaca que o agronegócio sul-mato-grossense tem elevado a área utilizada para lavouras. No intervalo de tempo analisado, a alta passou de 62%. Em 2006, 7,4% dos estabelecimentos agropecuários eram voltados à essa prática, percentual que subiu para 11,8% em 2017.
“Por outro lado, houve redução de 8% nas áreas de pastagem plantada, passando de 49% para 44,2%, e de 21% das pastagens naturais, passando de 20,5% para 16,1% da área total”, aponta. Já a quantidade de hectares destinados a matas naturais passou de 19,9% para 21,9%.
Dourados News/KV
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