EUA solicitam apreensão de petroleiro iraniano retido em Gibraltar
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Decisão sobre o pedido será às 11h desta quinta-feira (15). O 'Grace 1' é suspeito de transportar petróleo para a Síria, em violação ao embargo europeu; havia expectativa de que ele fosse liberado em troca da soltura de um navio britânico retido pelo Irã.
O navio 'Grace 1', em foto de 4 de julho, ancorado próximo a uma embarcação da Marinha Real Britânica na costa de Gibraltar, território britânico ultramarino. — Foto: Marcos Moreno/AP
Os Estados Unidos solicitaram à Suprema Corte de Gibraltar, nesta quinta-feira (15), a apreensão do petroleiro iraniano Grace 1, que está retido no território britânico desde 4 de julho. A embarcação é suspeita de transportar petróleo para a Síria, em violação ao embargo europeu.
O governo de Gibraltar estava prestes a liberar o petroleiro nesta quinta (15), mas, com o pedido americano, a embarcação segue retida. A audiência sobre a decisão foi adiada para as 16h (horário local, 11h no horário de Brasília).
Segundo o governo de Gibraltar, o Departamento de Justiça dos EUA "solicitou a apreensão do Grace 1 sob várias alegações, que agora estão sendo consideradas". Não foram divulgados detalhes sobre o motivo do pedido, e o Departamento de Justiça ainda não comentou o assunto.
O jornal "Gibraltar Chronicle", que foi o primeiro a relatar a notícia, disse que o presidente do tribunal, Anthony Dudley, deixou claro que, se não fosse pelo gesto americano, "o navio teria partido".
O Ministério das Relações Exteriores britânico disse em um comunicado que as "investigações conduzidas em torno do Grace 1 são assunto para o governo de Gibraltar" e que não poderia comentar mais, já que a investigação estava em andamento.
Havia expectativa de que o petroleiro iraniano fosse liberado em troca da soltura de um navio britânico, o Stena Impero, retido pelo Irã no dia 19 de julho na região do Golfo. Tanto o Reino Unido quanto o governo do Irã negam, entretanto, que planejavam fazer essa troca.
Capturas
O petroleiro Grace 1 foi capturado pela Marinha Real Britânica na costa de Gibraltar em 4 de julho; a embarcação carregava 2,1 milhões de barris de petróleo bruto do Irã.
O capitão e três membros da tripulação - nenhum dos quais é iraniano - foram presos e, depois, liberados, mas o paradeiro deles não é conhecido. A equipe do navio inclui marinheiros da Índia, Paquistão e Ucrânia.
O Irã chamou a apreensão do navio por Gibraltar de "ato de pirataria".
No dia 19 de julho, a Guarda Revolucionária do país persa capturou o navio britânico Stena Impero. A força militar anunciou que o petroleiro não tinha respeitado as regras de navegação e, por isso, tinha sido retido.
O Stena Impero, da fabricante Stena Bulk, havia partido dos Emirados Árabes Unidos e seguia para um porto na Arábia Saudita.
Tensões no mar
Seis ataques ocorreram na região do Golfo Persa nas últimas semanas. Os Estados Unidos atribuem a responsabilidade por eles ao Irã, que nega. No dia 20 de junho, o país persa derrubou um drone americano na região.
Agora, os dois petroleiros confiscados são vistos como peões no impasse entre o Irã e o Ocidente. Gibraltar nega que tenha sido ordenado a deter o Grace 1, mas várias fontes diplomáticas declararam que os Estados Unidos pediram ao Reino Unido para apreender a embarcação, diz a Reuters.
Já os britânicos vêm indicando que querem um acordo sobre o petroleiro, e insistem que a política em relação ao Irã não vai mudar com o novo primeiro-ministro, Boris Johnson, que assumiu o cargo no mês passado.
O Reino Unido também anunciou planos de participar de uma missão de segurança liderada pelos EUA no Golfo. Os iranianos, por sua vez, exigem há muito tempo que as marinhas ocidentais deixem a região; eles afirmam que ela deve ser patrulhada apenas pelos países dali.
Sanções americanas e acordo nuclear
Washington impôs sanções ao Irã com o objetivo de interromper totalmente as exportações de petróleo do país persa. Já os europeus suspenderam as sanções contra o Irã, mas ainda mantêm uma proibição de vender petróleo para a Síria que está em vigor desde 2011.
No ano passado, os europeus, incluindo o Reino Unido, também discordaram de forma veemente da decisão do presidente Donald Trump de retirar os EUA de um acordo nuclear internacional que garante o acesso do Irã ao comércio em troca de restrições ao seu programa nuclear.
A decisão suspendeu bilhões de dólares em negócios e, em grande parte, parou a venda do petróleo bruto do Irã internacionalmente - além de desvalorizar bastante a moeda iraniana, o rial.
Nas últimas semanas, em resposta às sanções, o Irã começou a se afastar do acordo nuclear, aumentando sua produção e enriquecimento de urânio. O país também ameaçou continuar a descumprir o acordo, a partir do início de setembro, se a Europa não o ajudar a vender seu petróleo no exterior.
G1
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