Primeiras buscas não encontram garimpeiros suspeitos de invadir terra indígena no Amapá
Brasil - Ações Policiais - Investigação/ Invasão
— Foto: Rodrigo Sanches/Arte G1
As primeiras buscas da Polícia Federal e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), da polícia militar do Amapá, não encontraram os garimpeiros suspeitos de invadir a terra indígena (TI) Waiãpi, localizada na região oeste do estado, e matar um índio da etnia.
Os policiais encontraram aldeias vazias, e muita tensão e apreensão na terra indígena, segundo relato repassado ao blog.
Relatos de conflitos começaram no sábado e documentos de servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) afirmam que cerca de 15 invasores passaram uma noite na aldeia Yvytotõ de forma "impositiva" e "de posse de armas de fogo de grosso calibre".
Histórico de conflitos
A antropóloga Dominique Tilkin Gallois, professora da Universidade de São Paulo (USP) e com trabalhos há mais de 30 anos sobre a região, fez um relato em uma rede social sobre o porquê do pânico dos Wajãpi diante de uma possível invasão de garimpeiros na TI.
Segundo ela, a possível aproximação de invasores traz à tona experiências trágicas ocorridas nos anos 1971 a 1973, antes da instalação de um posto da Funai na região.
Na época, explica Dominique, “levas de garimpeiros” invadiram a bacia do rio Karapanaty, explorando ouro nas proximidades da aldeia Karavõvõ. De acordo com ela, eles prometiam trazer mercadorias e conseguiram apoio dos índios, que os abasteciam com caça, lenha e alimentos.
“Na verdade, depois de cerca de um ano de convivência conturbada, fugiram e deixaram a população de cinco aldeias da região infectadas com sarampo. Mais de 80 adultos e crianças morreram, abandonados pelos que se diziam seus amigos”, explicou a antropóloga.
Dominique disse que a construção de estradas, como a Perimetral Norte, facilitou as invasões de garimpeiros, que se sucederam ao longo dos anos 80, “sempre deixando rastros de doenças e mortes”. Segundo ela, índios chegaram a ser envenenados por substâncias utilizadas para a extração de tantalita, mineral composto de nióbio e tântalo.
De acordo com o seu relato, episódios desse tipo aconteceram várias vezes até a criação do Conselho das Aldeias Apina e a demarcação e homologação da TI Waiãpi, em 1996.
“Ninguém esperava que, tantos anos depois, surgisse novamente o pesadelo das invasões de garimpeiros. Voltou à tona o medo das violências e da contaminação por doenças”, afirmou.
A antropóloga explicou que a nova geração de índios, de tanto ouvir as histórias sobre invasões de garimpeiros nas terras indígenas, buscou ajuda rapidamente.
G1
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