Polícia e MPRJ prendem sete suspeitos de integrar milícia de Orlando Curicica
Brasil - Ações Policiais - Caso Marielle Franco
Um dos procurados é o policial militar Rodrigo Jorge Ferreira, o Ferreirinha, apontado pela PF como o responsável por atrapalhar a investigação da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Suspeito é levado para a DH, na Barra, na Operação Entourage — Foto: Reprodução/TV Globo
A Polícia Civil e o Ministério Público do RJ prenderam nesta sexta-feira (31) sete pessoas suspeitas de integrar a milícia de Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica.
A Operação Entourage tenta cumprir 30 mandados de prisão. Curicica está detido em um presídio federal.
Dos sete presos, três são PMs. Um dos procurados é o policial militar Rodrigo Jorge Ferreira, o Ferreirinha.
Ferreirinha foi apontado pela Polícia Federal como o responsável por atrapalhar a investigação da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
O nome de Orlando Curicica, na época um dos suspeitos de ser o mandante do atentado, é apontado como responsável por vários crimes praticados por milicianos na Zona Oeste, de acordo com investigação da Delegacia de Homicídios e do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPRJ.
A quadrilha de Orlando é suspeita de dominar sete comunidades na região de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.
Entre os alvos desta sexta, estão quatro PMs, entre eles Ferreirinha, e um bombeiro. Os policiais foram nesta manhã na casa de Ferreirinha. Segundo vizinhos, ele se mudou há 28 dias.
Ferreirinha integrava a quadrilha de Orlando. Com a prisão de Curicica, Ferreirinha buscou ocupar espaço de chefia dentro do grupo. Assim, ele presta o depoimento falso à Polícia Civil incriminando Orlando Curicica pela morte da vereadora Marielle Franco.
Equipes deixaram a Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, por volta das 5h20.
A operação Entourage, como está sendo chamada, foi montada para desarticular uma das maiores milícias que atua na Zona Oeste do Rio, de acordo com policiais.
A ação conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do MPRJ, das Corregedorias da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros e do setor de inteligência da Seap.
O grupo comandado por Orlando Curicica é, de acordo com as investigações, apontado por dominar as comunidades de Curicica, Terreirão, Boiúna, Santa Maria, Lote 1000, Jordão e Teixeiras, no bairro de Jacarepaguá.
As investigações da Delegacia de Homicídios da Capital revelaram que o grupo explora ilegalmente serviços como transporte, lazer, alimentação e segurança dessas comunidades através da cobrança de taxas. A quadrilha explora ainda a grilagem de terras nessas regiões.
As associações de moradores também seriam dominadas por esses grupos, segundo os policiais.
A investigação mostra ainda que a milícia atua com violência, o que inclui a execução de testemunhas e tentativas de homicídio de autoridades responsáveis pelas investigações. Os membros dessa quadrilha fazem imperar a “lei do silêncio” entre os moradores da localidade em que exercem o controle criminoso.
O MPRJ informa que a expansão do grupo na região ocorreu entre 2015 até o final de 2017, na área de Jacarepaguá e Recreio dos Bandeirantes.
Na denúncia apresentada pelo MPRJ ao 2º Tribunal do Júri está detalhada a função de cada integrante da milícia de Orlando Curicica por "clara estruturação e divisão de tarefas":
Os chefes - Entre eles, Orlando Curicica seguido de William da Silva Sant’anna, conhecido como William Negão;
Seguranças - Designados para a proteção pessoal dos chefes do bando
Soldados - Responsáveis por defender o território
Cobradores - Que recolhem o dinheiro de moradores e comerciantes
Vendedores de armas e cigarros
Olheiros - Que observam a movimentação nas comunidades
Falsificadores - Designados para clonagem e receptação dos veículos usados pelos integrantes da quadrilha
A organização é caracterizada por clara estruturação e divisão de tarefas, nos quais havia os membros incumbidos da gestão do esquema criminoso; os seguranças designados para a proteção pessoal dos chefes do bando; os responsáveis pelas áreas dominadas; os soldados; os cobradores ou recolhedores; os vendedores de armas de fogos e cigarros; os olheiros; e os incumbidos da clonagem e receptação dos veículos usados por seus integrantes.
Depoimento contestado
Durante meses, Ferreirinha foi considerado a principal testemunha do Caso Marielle. O PM é ex-aliado de Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, a quem acusou de tramar o atentado, ao lado do vereador Marcello Siciliano. Ambos sempre negaram envolvimento.
A PF afirma que o PM criou uma história com a finalidade de confundir as autoridades – e aproveitou a trama para se vingar.
Em março, a TV Globo mostrou com exclusividade o depoimento da advogada de Ferreirinha à PF. Camila Nogueira disse que desconfiava da versão apresentada pelo cliente e que se sentiu usada.
A advogada esclareceu que "essa criação de Rodrigo Ferreira e a manipulação com os policiais civis que fez com ela foi mais um dos fatos que levaram a declarante a ter medo de ficar nessa situação".
G1
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