Governo 'observa' situação do ministro do Turismo, mas não pensa em demiti-lo, diz Onyx
Brasil - Ações Públicas - Decisão sobre Demissão
Em entrevista a rádio, ministro da Casa Civil afirmou que, 'por enquanto', demissão de Marcelo Álvaro Antônio é 'boataria'. Ministro é citado em caso de candidaturas de 'laranjas' em MG.
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio — Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta quinta-feira (21) que o governo “observa” e “acompanha” a situação do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, mas não pretende demiti-lo no momento.
Onyx deu a declaração em entrevista à Rádio Gaúcha, na qual foi perguntado se o presidente Jair Bolsonaro exonerará Álvaro Antônio, suspeito de envolvimento em candidaturas de "laranjas" do PSL em Minas Gerais. O Ministério Público do estado apura o caso, e o ministro nega envolvimento em irregularidades.
“Claro que o governo observa, acompanha, mas não tem nada nesse sentido [de exonerar o ministro], nesse momento, não”, afirmou Onyx.
Segundo o chefe da Casa Civil, comentários sobre uma eventual demissão do ministro do Turismo não passam de “boataria”. Onyx declarou que é preciso dar tempo para que as investigações aconteçam, o que é observado pelo presidente Jair Bolsonaro.
“Tem que se dar o tempo também para que os esclarecimentos todos venham a público, aconteçam, aí claro, se houver alguma coisa de gravidade, de responsabilidade direta do ministro, o presidente vai analisar e tomar a decisão”, declarou Onyx.
Álvaro Antônio é um dos políticos do PSL, partido de Bolsonaro, envolvidos nas suspeitas de candidaturas laranjas nas eleições de 2018.
Ao Jornal Nacional, a ex-candidata a deputada estadual em Minas Gerais Cleuzenir Barbosa declarou que assessores do ministro pediram a ela que transferisse dinheiro público de campanha para empresas.
Clauzenir Barbosa disse, ainda, que recebeu verbas de campanha do ministro, que era presidente do PSL em Minas Gerais e disputava uma vaga de deputado federal. Em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo", Cleuzenir afirmou que o ministro do Turismo sabia do esquema para PSL para lavar dinheiro.
Em nota, Marcelo Álvaro Antônio afirmou que jamais orientou qualquer assessor a praticar ato ilícito e que, ao tomar conhecimento da denúncia, determinou que fosse apurada. O ministro declarou ainda que Cleuzenir foi chamada a prestar esclarecimentos e nunca apresentou qualquer indício que atestasse a veracidade das acusações.
Demissão de Bebianno
Durante a entrevista, Onyx foi questionado se a permanência de Álvaro Antônio no cargo prejudica o governo, já que o caso das candidaturas laranjas contribuíram para a demissão do agora ex-ministro Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência.
Bebianno presidiu o PSL durante a campanha eleitoral, na qual existe a suspeita de que o partido tenha usado candidaturas de laranjas para desviar recursos de financiamento de campanha. O ex-ministro nega envolvimento em irregularidades e diz que coube aos diretórios locais distribuir o dinheiro para os candidatos.
Onyx argumentou que a “ruptura” na relação de amizade entre Bolsonaro e Bebianno resultou na saída do ministro. O caso dos laranjas do PSL pode ter influenciado, porém não foi determinante para a exoneração.
“O problema do ministro que foi afastado foi muito mais uma ruptura em uma amizade de muitos anos por uma série de, como disse o presidente Bolsonaro, uma série de incompreensões e de mal-entendidos e foi isso que acarretou a saída do ministro Gustavo Bebianno”, explicou.
G1/PH
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