Impacto do aumento da energia em MS cairá sobre assalariados, afirma Associação
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Foto:diaadianews.com.br
O aumento da tarifa de energia elétrica, de 17,56%, terá impacto sobretudo sobre os assalariados. Essa é a visão da Associação de Defesa do Consumidor de Mato Grosso do Sul (Abccon-MS). Segundo Maria Rita Barcelos, coordenadora de serviços públicos da entidade, o aumento é bem acima da inflação o que acarretará impacto aos trabalhadores assalariados. Ela afirma que o aumento da Enersul é o mais alto já dado deste ano para as concessionárias.
Segundo Maria Rita a entidade participa da elaboração de um documento que será entregue à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em audiência que acontecerá em Brasília. Ela afirma que a entidade questiona também o aumento menor para as indústrias – que foi de 14% - e maior para o consumo residencial.
Como as indústrias têm como repassar os custos para o consumidor, os assalariados, que já tiveram um aumento maior, é que terminam arcando com o aumento de custos das indústrias. Dessa forma os consumidores assalariados absorvem o aumento duplamente: o próprio aumento no seu consumo residencial e o aumento repassado pelas indústrias no preço dos produtos.
Maria Rita ressalta que as consequências são maiores para os de baixa renda, uma vez que também os comerciantes, além dos industriais, repassam o aumento para os produtos. Ela vê um impacto direto na realidade do consumidor de baixa renda, cujos reajustes salariais ou de aposentadorias têm ficado bem abaixo do aumento da tarifa de energia, isso sem contar os reajustes de outros serviços, como do transporte coletivo.
Ela afirma que ocorreu ontem uma reunião do Conselho de Consumidores de Energia Elétrica (Concen), que vai cobrar em Brasília explicações para o aumento.
Impostos – Já para Haroldo Borralho, do Cedampo (Centro de Documentação e Apoio aos Movimentos Populares), cerca de 49% do preço da tarifa é incidência de impostos que vão para o poder público. “Dessa forma, a sociedade fica desprotegida, porquê todos os poderes ganham com o aumento. O ICMS varia de 17,5 a 25% dependendo do consumo, a taxa de iluminação é 11%, o ISS 5%, sem contar PIS e CONFINS”, diz.
Na lógica de Borralho, como o aumento da tarifa aumenta a arrecadação dos cofres públicos, todos os poderes ganham em cima. “Aumentando a arrecadação, aumenta o duodécimo, e portanto aumenta o repasse para Assembléia Legislativa, Judiciário e Ministério Público”. Para ele esse fato “engessa” as ações contra o aumento e tanto o executivo como o legislativo não têm interesse de fato em intervir para efetivamente questionar os aumentos, ainda que estes sejam abusivos.
Para Haroldo há um círculo vicioso que somente será rompido com a intervenção da sociedade. “Que é quem, em última instância, paga a conta”.
Redação MShoje
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