Pais e alunos das escolas estaduais fechadas vão lutar para a reabertura das unidades
Estado - Educação - Fechamento de Escolas
São mais de 1,2 mil estudantes que serão designado para outros estabelecimentos
Alunos desabafaram sobre os reflexos que as mudanças vão causar em suas vidas - Gabriela Couto/Correio do Estado
Com mais de 1,2 mil alunos matriculados nas escolas fechadas da Rede Estadual de Ensino (REE) o movimento de pais e alunos para reabertura das unidades ganhou mais força hoje.
Na reunião desta manhã, na Câmara Municipal, o debate expôs o lado de quem vive nessas instituições. A sensibilização do encerramento das atividades das escolas Riachuelo, no Bairro Cabreúva, Consuelo Muller, na Vila Jacy, Otaviano Gonçalves da Silveira Junior, que fica dentro do residencial Flamingos, e a escola Zamenhof, localizada na Rua Dom Aquino, região central de Campo Grande será enviada para o Ministério Público Estadual (MPMS) novamente.
Na última sessão ordinária do ano passado os parlamentares haviam aprovado um requerimento pedido providências da instituição com relação ao caso. No entanto o número de escolas fechadas aumentou e novos documentos serão anexados no procedimento nesta tarde.
Os discursos muito emocionados de quem já estava pré-matriculados nas unidades mostra a situação que essas mudanças estão causando aos estudantes.
reivindicações feitas durante a reunião desta terça-feira e as comprovações das matrículas serão anexadas ao requerimento formalizado junto ao Ministério Público Estadual. No dia 20 do mês passado, os vereadores aprovaram o pedido para cobrando providências do MPE para que a Secretaria seja notificada a não fechar os estabelecimentos de ensino.
“Já choramos tanto por causa disso. Lá temos psicólogo, professores dedicados. Alunos que podiam dar errado, mas a escola aconselhou, ajudou. Por que fechar escolas? Deixo como reflexão para todos pensarem. Fizeram o projeto AJA, nos deram esperança de futuro melhor, mas agora querem nos transferir para outra escola onde não somos bem vindos e fizeram até protesto para não irmos”, disse a estudante e presidente do Grêmio Estudantil da Riachuelo, Mariana Borges.
Tristes e revoltados, alguns alunos afirmaram que ficaram sabendo do fechamento das escolas pela reportagem. Aline Nunes, estudante da Escola Estadual Otaviano questionou a atitude do governo estadual com a unidade que foi a quarta melhor da Capital. “A escola tem um legado forte na nossa comunidade, muitos pais se formaram ali e tem seus filhos na escola. Pena a secretaria não estar aqui para nos ouvir”, afirmou
O presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira, disse que os pais e alunos têm até dia 18 de fevereiro para negociar a reabertura das escolas.
“Esse governo foi reeleito para mais quatro anos e não dá quatro dias para discutir com a comunidade. A escola não tem só a função da alfabetização. Tem questão social. A hora que vai discutir o fechamento tem que se fazer com a sociedade. Não pode ser uma posição unilateral da secretaria. Temos que fazer a mobilização. Cobraremos a secretaria que economia não se faz fechamento portas, tem que discutir todo o sistema e os cargos em comissão”.
A denúncia do vereador Valdir Gomes (PP), presidente da Comissão Permanente de Educação do Legislativo, é que o dinheiro está sendo jogado fora. “Fui com o secretário adjunto nas escolas e vi quase 20 mil livros empilhados e encapados. Cemitério de carteiras. E estão criando um monte de coordenadorias, com salários altíssimos. Pra que?”, questionou.
A secretária de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul, Maria Cecilia Amendola da Motta, já recebeu o vereador e alegou estar sem recursos para manter as unidades abertas. “Ela fala que tem conta que acumulou nesse período que ela é secretária. Ela está mentindo. Na hora do voto era reunião na minha casa de manhã de tarde e à noite. Agora nem ligação eles atendem. Estou a quase me arrependendo do meu voto. Não adianta mandar eu ficar quieto. Não vou ficar”.
GOVERNADOR
Em agenda pública nesta manhã, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), afirmou que não estão fechando escolas, mas diminuindo os custos da máquina pública. “Não justifica ter uma escola próxima da outra e funcionar as duas. Você transfere os alunos para uma unidade próxima e tem menos professor contratado”.
Além disso, o Chefe do Executivo estadual alega que há diminuição no número de estudantes e por isso a reestruturação. “A redução da natalidade ocorreu em todo o Brasil. Essa é uma preocupação que todos estão tendo, de adequar o setor educacional e as estruturas como elas comportam. Com isso abre espaço no limite prudencial”.
Correio do Estado/PH
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