Após dois anos radares voltaram a monitorar

Nesta manhã a movimentação de carros era calma Manoel da Costa Lima. - Bruno Henrique/Correio do Estado

Começaram a funcionar, nesta sexta-feira (04), os radares das Avenidas Manoel da Costa Lima, entrada do bairro Cidade Morena, na saída para São Paulo e na Avenida Gury Marques, próximo a Escola Estadual Amando de Oliveira.
 
Nesta manhã, o trânsito era calmo na Manoel da Costa Lima, próximo ao local onde foi instalado o radar. Ainda assim, alguns motoristas voltavam a acelerar após passarem pela fiscalização. No momento em qua a reportagem estava nas proxmidades nenhum deles passou acima dos 30km permitidos. 

De acordo com o publicitário Deniel Sanches, de 27 anos, dono de um estabelecimento quase em frente, o radar não modificou a atitude desrespeitosa de alguns motoristas. "Tem uma escola aqui. Com o radar eles apenas diminuem a velocidade, mas não chegam a parar para que os alunos atravessem. Seria melhor ter instalado um semáforo", opinou o comerciante.

Ainda segundo Deniel, os motoristas não têm medo. "Uns até passam devagar, mas outros nem estão ligando".  

De acordo com a curitibana, Tânia Batista, de 42 anos, que é vendedora em uma loja de motos bem próxima do local, o problema não é a fiscalização e, sim, o comportamento dos motoristas campo-grandenses. "Os caras vem em alta velocidade e só diminuem em cima, só para não ser multado. Mas nos locais aonde não têm essa fiscalização eles não respeitam. Todo o dia é um monte de acidente e não aprendem", lamentou a trabalhadora. 

Na Manoel da Costa Lima, outra reclamação feita pelos moradores são os remendos feitos na via. É o que explica o também publicitário, Jimmy Sérgio Sanches, de 53 anos, pai de Deniel. "Isso de remendar só piora, essa "areia" que jogam aí em cima esfarela tudo e vira uma buraqueira". 

Na Avenida Gury Marques, alguns motoristas não perceberam o radar. Após cerca de 10 minutos no local, várias frenagens bruscas foram flagradas pela reportagem do Correio do Estado.

Segundo a funcionária pública, Rosalia Aparecida, de 35 anos, o caso é comum na via, porque os motoristas ainda estão se adaptando ao novo monitoramento. "Já está mais calmo, mas ainda freiam muito em cima. Esses dias uma moça chegou a cair de moto, por frear muito em cima. A moto derrapou e ela caiu lá no canteiro", detalhou.  

Os equipamentos eletrônicos ficaram dois anos sem funcionar, após ter vencido o contrato com a empresa responsável pela instalação e manutenção. 

No local, alguns funcionários da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), instalavam novas placas na horizontal. A sinalização vertical estava completa. 

O vice-presidente do bairro Cidade Morena, Victor Magnus, de 45 anos, reclamou da falta de sinalização horizontal. "Aqui é impossível atravessar. Não tem faixa de pedestre nenhuma, tem um ponto de ônibus ali em frente que vejo moradores se arriscando para ir até lá", denunciou. 

A funcionária pública,  Rosalia Aparecida, que mora há 10 anos em frente ao local onde foi instalado o radar na Gury Marques,  comentou que, a via sempre foi perigosa. "É muito escura, em todo lugar na avenida é escuro. Os motoristas andam correndo demais por não notarem fiscalizações e só o radar não adianta", finalizou Rosalia.  

A equipe do Correio do Estado entrou em contato com a Prefeitura Municipal de Campo Grande sobre a sinalização da Avenida Gury Marques por e-mail, mas até o fechamento da reportagem não recebeu resposta.