Documentos jogados na rua eram apenas cópias, diz Polícia Federal
Estado - Geral - Investigação
Inquéritos, depoimentos e afins estão largados em vias públicas
Valdenir Rezende/Correio do Estado
A Superintendência da Polícia Federal no Mato Grosso do Sul esclareceu, por meio de nota, que os documentos encontrados jogador pelas ruas da região sul de Campo Grande na manhã desta quarta-feira (5) não se tratam de documentos originais e sim cópias obtidas por pessoas que devem ter tido autorizações de acesso aos processos, alguns dos quais remetem a processos que sequer são da PF e nunca tramitam nela.
Ainda de acordo com a nota, a PF informou também que os documentos estão sendo recolhidos e analisados, a fim de que sejam obtidos melhores esclarecimentos sobre o ocorrido.
O órgão informou ainda "que trata todos os seus documentos em conformidade com as normas federais de sigilo, arquivo e destruição, sobretudo os relativos a inquéritos policiais. Lembra também que é prerrogativa do advogado ter acesso e fazer cópia de documentos de inquérito policial, necessitando, nos casos que tramitam em segredo de justiça, da devida autorização judicial."
O CASO
Centenas de documentos foram abandonados e estão espalhados em pelo menos dois locais em Campo Grande. Agentes da Polícia Federal estiveram em um dos lugares, onde os papéis estão jogados, no cruzamento das avenidas Ernesto Geisel e Fernando Corrêa da Costa, próximo ao Horto Florestal.
Os policias federais que estão no local recolhendo os documentos informaram ao Correio do Estado que foram acionados e estavam no local para coletar provas e tentar rastrear a origem dos documentos. A partir daí a Polícia Federal poderá determinar a origem da documentação, com quem estava e saber o motivo do descarte.
A reportagem verificou que as folhas são de todo tipo de documentos, desde inquéritos policiais, laudos, depoimento de testemunhas, auto de prisão e flagrante, tudo referente a alguma investigação. Há papéis timbrados do Governo do Estado, Grupo Especializado de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) - do Ministério Público do Estado (MPMS) -, Polícia Federal de Corumbá.
As folhas estão espalhadas nos dois lados da via e não é possível identificar se é da Justiça Federal, Estadual, ou mesmo de outro órgão de segurança. Também há identificação de registro de contas bancárias e de veículos - com fotos -, cartas, ofícios, comprovantes de pagamento e diversos outros tipos de documentos.
Há informações de que outras folhas foram deixadas na Avenida Campestre, no Bairro Aero Rancho, aproximadamente 9 quilômetros do Horto Florestal onde foram encontrados os primeiros documentos.
A reportagem verificou que muitos dos documentos são referentes à Operação Quijarro, desencandeada em 2010 para coibir o tráfico de cocaína da Bolívia para o Brasil, passando por várias cidades de Mato Grosso do Sul.
Muitos dos papéis contém dados que teriam de ser sigilosos sobre testemunhas, suspeitos, acusados, condenados, trechos detalhando o modo de atuação da PF em várias operações e até assinatura de juízes, como Odilon de Oliveira, candidato derrotado ao Governo do Estado nas últimas eleições.
Correio do Estado/PH
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