Falta de sintonia sobre reforma da Previdência pode prejudicar início de governo Bolsonaro
Brasil - Política - Novo Governo
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) — Foto: Rogério Marques/Futura Press/Estadão Conteúdo
O mercado financeiro já estava preocupado. Ficou ainda mais nesta segunda-feira (3) depois da fala do futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), dizendo que o governo de Jair Bolsonaro (PSL) não irá agir com açodamento no envio da reforma da Previdência ao Congresso e que é preciso esperar o novo Congresso tomar posse para negociar a proposta.
Além da possível demora no encaminhamento da proposta ao Congresso – o mercado esperava que já estivesse pronta no início do ano e fosse enviada no começo dos trabalhos do Legislativo – , a avaliação é que até agora não há um consenso dentro da equipe de Bolsonaro sobre o modelo a ser proposto.
O presidente eleito tem dito que a reforma de Temer, no Congresso, pune o trabalhador do setor privado. E já sinalizou que seria favorável a uma elevação mais gradual na idade mínima para aposentadoria.
Certo mesmo será uma busca de reduzir privilégios do setor público. O novo governo vai manter a proposta de exigir que o servidor público que entrou no governo antes de 2003 só tenha direito à aposentadoria integral se esperar completar 65 anos.
A equipe econômica, por outro lado, prepara um texto mais profundo de reforma da Previdência, com medidas para o sistema atual, público e privado, e para as futuras gerações.
Do seu lado, o ministro da Casa Civil defende uma reforma que dure pelo menos 30 anos. Mas reforça o discurso de que, antes, é necessária uma negociação para que o projeto já chegue com aceitação ao Legislativo.
Entre economistas que acompanham com lupa a crise fiscal, a avaliação é que a reforma seja aprovada ainda no próximo ano. De preferência, passando pela Câmara no primeiro semestre.
Em sua entrevista, Onyx Lorenzoni chegou a dizer que o novo governo teria quatro anos para aprovar a medida.
Questionado sobre a fala, buscou corrigir dizendo que o governo quer aprová-la em 2019, mesma declaração do filho de Bolsonaro, o senador eleito Flavio Bolsonaro, sobre a urgência da medida.
Diante das dúvidas e ruídos, a equipe econômica já se prepara para fazer um trabalho interno de convencimento sobre a urgência e necessidade da reforma. Trabalho para Paulo Guedes. A conferir.
G1/JM
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