Foto: Fiems

O Sindigraf/MS (Sindicato das Indústrias Gráficas de Mato Grosso do Sul) e a Abigraf/MS (Associação Brasileira da Indústria Gráfica no Estado) reuniram, na noite de ontem (24/02), na sede das entidades, empresários, lideranças e profissionais do setor para palestra com o presidente da empresa Heidelberg para a América do Sul, Dieter Brandt. O executivo da maior fabricante mundial de produtos para a indústria gráfica destacou perspectivas positivas para o mercado e explicou que o segmento avança com os produtos impressos tendo um papel fundamental dentro da indústria da comunicação.

Ele destacou que os mercados emergentes apresentam alto potencial crescimento acelerado. “Hoje, a impressão mundial gera 1% do PIB mundial, o que equivale dizer que movimenta 380 bilhões de Euros. A América Latina, a China e a Índia devem estar entre os que mais devem apresentar crescimento no setor. Para se ter uma idéia do potencial em expansão desses mercados basta relatar que o Japão chega hoje a índice de consumo de 400 quilogramas per capita por ano de impressões e em 2009 aqui no Brasil nós atingimos 60 quilogramas per capita”, relatou, acrescentando que a cada ano são abertas mil novas empresas gráficas.

O executivo ainda pontuou que a indústria gráfica entrou num nível de competitividade que deve se continuar em ascensão, principalmente nos próximos dez anos. “Nos últimos anos a melhoria na tecnologia de impressão foi considerável. Os materiais impressos devem continuar mantendo a vantagem e a impressão só perderá uma pequena parcela de mercado para as mídias eletrônicas. O crescimento no mercado de embalagens deve alcançar índices na casa dos 25%”, disse, acrescentando que colaboram para essa expansão a abertura de empresas e shoppings que querem oferecer ao consumidor produtos em embalagens, que chamam a atenção e os diferencie.

O presidente da Heidelberg para a América do Sul salientou que, assim como muito setores produtivos, o mercado gráfico deve enfrentar desafios nos próximos anos, a falta de profissionais qualificados em distintos níveis, relatando que nos últimos anos o Brasil enfrenta uma insólita dificuldade, que foi batizada de apagão de mão-de-obra. “Agravou-se a carência de recursos humanos, a tal ponto que passa a ser considerada um dos obstáculos ao crescimento sustentado. O mercado gráfico não é diferente e precisa investir em formação profissional. Investir valores importantes em máquinas modernas e não ter profissionais para operar pode levar a indústria a um gargalo de estrangulamento”, disse.

Empresários

Atentos às informações estratégicas para o mercado, os empresários e profissionais de setor fizeram perguntas e solucionaram dúvidas. Valton Júnior, proprietário da Gráfica Max Print, aprovou a iniciativa dos sindicatos em organizar programações que levam conhecimento e informação ao setor. “É uma excelente iniciativa que contribui para que o mercado avance ao conhecer novas tendências e máquinas”, disse.

Já o proprietário da Gráfica Zap, Alexandre Queiroz, ficou satisfeito por ter acesso a tecnologias que geralmente são encontradas em eventos de grande porte do setor. “Conheço a marca e tenho interesse em investir num equipamento com mais cores para dar um up grade no empreendimento e estou tendo a oportunidade de conhecer as opções aqui, sem ter de deixar a minha empresa para me deslocar para feiras. É muito importante para a competitividade das indústrias ter acesso a eventos como este”, afirmou.

O presidente da Abigraf/MS, Julião Gaúna, destacou que o evento teve como foco a elevação do conhecimento e das informações do setor que conta hoje com cerca de 300 empresas que geram aproximadamente 5 mil postos de trabalho. “Fizemos um levantamento e constatamos que 85% das indústrias gráficas do Estado são micro, pequenas e médias empresas. Promover eventos como esse, em que a maior indústria de máquinas off set do mundo vem até aqui e se coloca a disposição do empresário para evoluir, com certeza faz toda a diferença para a competitividade dessas empresas. E é justamente esse o nosso foco, tornar o nosso empresário um empreendedor, que investe em tecnologia agregando valor ao produto final aqui dentro do Estado”, explicou.

O presidente do Sindigraf/MS, Anníbal Teixido, destacou que é um alento para os empresários do setor ouvir de uma liderança executiva mundial que a indústria de impressões não vai acabar. Ele destacou que além de tecnologia e informação, o evento promove esperança ao segmento. “Nossa missão como liderança é investir em capacitação e municiar o empresários com informações. Também nos meses de março e abril já estão agendados eventos para dar suporte ao empresário gráfico sul-mato-grossense. São programações que contribuem para que o setor continue gerando a cada dia mais emprego e renda”, concluiu.