Cadeia sucroenergética quer que governo retome investimentos no setor
Brasil - Investimento Público - Ações Integradas
Foto: Ilustrativa / Arquivo / MShoje
Reunião em Sertãozinho, no interior paulista, marca o início da retomada dos investimentos na cadeia produtiva sucroenergética. Representantes do setor vão entregar ao ministro da Agricultura Wagner Rossi uma carta com as principais necessidades e sugestões de onde devem ser feitos os investimentos e quais as políticas que devem ser implantadas para atender o crescimento da demanda por etanol.
A colheita da safra de cana-de-açúcar começa em abril, mas já existe previsão de uma produção menor este ano por causa do clima, faltou chuva. O que preocupa é a projeção a médio prazo entre oferta e demanda de etanol e açúcar. Em quatro anos para atender o mercado interno de etanol e os contratos já firmados são necessários 60 bilhões de dólares em investimento. Dados que fizeram o governo iniciar um novo processo de interação com o setor.
As lideranças do setor na região de Ribeirão Preto agiram rapidamente ao saber que a pedido da Presidente Dilma, o ministro Wagner Rossi vai coordenar a comissão Interministerial para retomada dos investimentos na cadeia produtiva sucroenergética. Assim os representantes querem ajudar o governo na tomada de decisões necessárias para estimular desde o trabalhador até a indústria.
– Antigamente se falava apenas em setor sucroalcooleiro, sucroenergético e por isso o governo só investia lá na ponta só na usina, quando na verdade tem que investir e se olhar como uma cadeia produtiva em geral, desde o trabalhador com qualificação, requalificação, do plantador de cana até a própria indústria de base – ressalta Adézio José Marques, presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Bicombustíveis (Ceise).
Na reunião em Sertãozinho houve uma apresentação especial para a imprensa que reuniu a direção do Ceise, a Força Sindical de São Paulo, sindicatos dos trabalhadores da indústria da alimentação, e representante da prefeitura. O objetivo foi realizar uma união publica-privada para elaborar uma carta com sugestões como a implantação de política de apoio a indústria de bens de capital. Entre os itens estão linhas de credito com juros compatíveis com a realidade do setor que concorre com capital estrangeiro e a qualificação da mão de obra com um debate sobre as necessidades reais do mercado.
– O perfil, as características das usinas mudaram, modernizaram, informatizaram. Tem que discutir mais com os empresários para saber que tipo de trabalhador o mercado precisa – comenta Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical SP.
O item da carta que mais se espera resultado é o pedido de desoneração fiscal em investimentos para construção de novas usinas.
– Quando você desonera a indústria de base você está aumentando a produção de fábrica. Assim você aumenta o consumo e a arrecadação tributária, essa é uma pauta importantíssima que vai ser levada ao ministro Wagner Rossi – informa Marcelo Pelegrini, Secretario Municipal de Sertãozinho.
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