Quinta-Feira 03/07/2025 09:45

Agência da Caixa gera expectativa na construção em Amambai

Desenvolvimento - Obras

A construção civil nos dias atuais é o que mais aquece a economia em todas as regiões do país. Em Amambai não poderia ser diferente - cidade impulsionada pela agricultura e pecuária, teve perdas após o processo de demarcação das terras indígenas e o frigorífico Torlin fechar. O comércio em geral pôde perceber uma considerával queda nas vendas. A expectativa é que em 2011 haja um aumento significativo para a construção civil e todo o comércio.

Para o engenheiro civil Jaime Vizzotto, proprietário de uma loja de matérias de construção e barracões pré-moldados, a venda de materiais para a construção de casas em 2010 foi boa, mas a venda de pré-moldados para a cidade foi pequena. Segundo ele, em Amambai falta investimento industrial. “Em Amambai falta definir uma vocação econômica, ou seja, serviços; o que falta é investimento industrial”, diz o engenheiro.

Segundo Vizzotto, a maior parte das vendas de barracões pré-moldados é para cidades da região, como Ponta Porã, Juti, Aral Moreira, entre outras na região de Dourados, como Rio Brilhante e Maracaju. Para ele, obra e construção são comuns, mas grandes investimentos ainda precisam ser feitos em Amambai.

“Em 2010 tive uma venda significativa para cidades da região, mas aqui em Amambai foi muito fraco; como eu já disse anteriormente, falta investimento industrial; se tivéssemos um frigorífico e um curtume em funcionamento, a economia da cidade seria aquecida”, finaliza Jaime.

Para Daniel Kiil, gerente de uma loja de materiais para construção, 2010 foi um ano com um pequeno crescimento nas vendas em relação aos anteriores. “No ano passado teve um pequeno crescimento nas vendas, não posso reclamar, mas claro que poderia ter sido melhor”, comenta o gerente.

Para este início de ano, Kiil fala que a expectativa é boa e que não houve queda ou aumento nas vendas. “Podemos dizer que o ano começou normal; as vendas estão como em 2010, mas a nossa expectativa é que aumente no decorrer do ano”, comenta o gerente.

Já para o arquiteto Jamil Martins Melo, o ritmo de trabalho em 2010 foi o mesmo. Como trabalha com pequenas obras, não sentiu queda na construção civil. “Mantive meu ritmo; como trabalho com obras pequenas, sendo reformas e construção de casas, não percebi queda”, fala o arquiteto.

De acordo com Melo, devido à agricultura ter sido fraca no ano passado, grandes empresas devem ter sentido diferença, pois o fluxo de venda é maior e trabalham com grandes obras. “Na verdade, percebi um aumento em pequenas reformas no ano passado; agora, as grandes empresas devem ter sentido um diferença nas vendas”, explica Melo.

Para o arquiteto Eduardo Signori, os melhores anos na construção civil na cidade foram 2006 e 2007, momento em que a agricultura esteve em alta. Já em 2008 e 2009 o cenário teve poucas mudanças e em 2010 a situação foi bem diferente.

“O ano de 2010 não foi bom para a construção civil, como nos anos anteriores. Em 2009 teve um aumento significativo, mas ainda não pode ser considerado bom. A agricultura, um dos fatores para gerar renda, não esteve em bom momento em 2010”, comenta o arquiteto, que trabalha em uma loja de materiais de construção e construtora da cidade.

Segundo Signori, a expectativa é que em 2011 haja um aumento significativo para a construção civil e todo o comércio. “2011 promete superar os anos de 2006 e 2007; os fazendeiros são os grandes investidores e a safra promete ser boa neste ano; com isso, o comércio está confiante. Outro ponto que também irá favorecer a economia da cidade é a instalação da Caixa Econômica”, diz Signori.

Construção da Caixa 

O prédio da Caixa está em fase de acabamento e de acordo com arquiteto Signori a previsão de entrega é para maio, mas pode ser prorrogada, pois a parte de instalação dos equipamentos é demorada. No momento, as pessoas que desejam fazer um financiamento devem se dirigir até Ponta Porã, pois a agência daquela cidade é responsável em realizar os financiamentos em Amambai.

“Infelizmente, nem todas as pessoas têm condições de ir até Ponta Porã para fazer um financiamento, como no ‘Minha Casa, Minha Vida’, disponibilizado pelo Governo, que auxilia famílias com renda de até dez salários mínimos a terem a casa própria, e com a Caixa aqui esse cenário será diferente”, finaliza Eduardo.

Vizzotto está confiante em um aumento significativo da construção civil em Amambai, com a instalação da agência da Caixa, pois irá trazer a população da região para cá. “O comércio em geral vai sentir a diferença quando a Caixa começar a funcionar; pessoas de Tacuru, Coronel Sapucaia entre outros, que antes se deslocavam para Ponta Porã, virão para a agência de Amambai, o que será bom para a cidade”, comenta Jaime.

Para o ramo imobiliária, a instalação da Caixa irá fazer a diferença. De acordo com o corretor Marçal Muzzi, os financiamentos disponibilizados irão alavancar a construção e a venda de imóveis na cidade. “A Caixa vai aumentar o giro de dinheiro; as formas de financiamentos para imóveis e veículos que ela trará irão fazer com que outros bancos também tragam para Amambai, de uma forma menos burocrática, pois haverá um aumento na concorrência”, diz o corretor.

Investimento em imóveis

Para o corretor de imóveis Hermes Hiroyukita Aida, construir em Amambai se tornou um bom negócio. “Há cerca de 4 anos construí imóveis para locação e na época foi um bom negócio, mas no ano de 2010 o cenário foi outro devido ao preço baixo do saco de milho e soja”, comenta o corretor.

Segundo ele, a instalação da Caixa Econômica vai ajudar na economia da cidade, pois os financiamentos que hoje são realizados pela agência de Ponta Porã poderão ser realizados aqui. “O tempo que as pessoas gastam para se deslocar para Ponta Porã será economizado, assim como o processo de providenciar a documentação será rápido e a construção de outros imóveis poderá ser financiada aqui em Amambai”, diz Hermes.

Muzzi diz que na questão de locação de imóveis, em 2010 se manteve estável, em relação aos outros anos. “O ano passado esteve estável; automaticamente a cidade está crescendo e alguns setores não tiveram um aumento significativo, mas claro que teve alguns anos quando a agricultura esteve comprometida que não aluguei e nem vendi imóveis”, comenta o corretor.

Muzzi comenta ainda que a produção rural na região é muito importante, pois com isso pessoas de outras cidades vem para Amambai em busca de imóveis, assim como para outros produtos. “Os períodos de movimento para locação e venda de imóveis são janeiro, julho e dezembro e neste início de ano é possível perceber um pequeno aumento na procura, pois a safra promete ser boa”, fala Marçal.

A Gazeta News

Amambai, Construção, Caixa, Expectativa

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